Saber a divisão de trabalho dentro da colmeia é primordial para melhorar a produção de mel e esse é o objetivo do curso “Manejo avançado em apicultura”. O treinamento é ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) – em parceria com os Sindicatos Rurais.
Em Sinop, a aula prática do curso ocorreu na chácara da produtora rural Aparecida Sueli de Oliveira que cria Abelhas Melipona e Uruçu. “Este ano não foi bom. Perdemos cinco enxames de Uruçu, mas continuo animada com a atividade. Gostei demais do curso e já estou pondo os conhecimentos em prática”, explica.
A apicultora também é artesã e por ser integrante do grupo de risco em relação a Covid-19 não frequenta mais feiras públicas. Como não pode expor seus produtos para venda, a profissional tem utilizado o seu dom no apiário. “Eu mesma construo as caixas de abelha e como não posso ir às feiras, estou tocando dessa forma”.
Dados do último Censo Agropecuário, em 2017, indicam que Mato Grosso possui 532 apicultores. A maior produção do ramo é de mel com 350 toneladas ao ano, vindas de mais de 15 mil caixas de colmeia.
Além das qualidades no consumo do mel natural, o instrutor credenciado junto ao Senar-MT, Luiz Mainardi, defende que a atividade deva ser ainda mais aproveitada devido aos benefícios ao meio ambiente. “Cerca de 80% da polinização é feita pelas abelhas. São animais que contribuem para o avanço das outras culturas. Quanto mais abelhas, melhor para a agricultura”.