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Os acompanhamentos da ceia de Natal estão mais caros. As hortaliças, como batata e cebola, tiveram alta de preços no último mês, segundo o 12º Boletim Prohort, divulgado nesta quarta-feira (16), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
No caso da batata, os aumentos chegaram a 23,94%, em Fortaleza/CE, e 62,25%, em Brasília/DF. O comportamento deve-se especialmente à baixa disponibilidade de batata no mercado. Os preços só estiveram mais baixos no mês de setembro, pela grande oferta do produto neste período. Isso porque a redução de áreas a serem colhidas, devido ao clima quente naquele mês, encurtou o ciclo de produção e o tubérculo acabou encarecendo.
Nos meses seguintes, a oferta começou a cair. Na comparação de outubro com setembro, a oferta de batata nas Ceasas analisadas foi cerca de 10% menor. Esta queda foi ainda maior (20%) na comparação entre novembro e setembro. O movimento foi mais intenso nos estados de São Paulo e de Goiás. Neste último, a safra está praticamente encerrada.
Em São Paulo, o volume de batatas enviado ao mercado em outubro e novembro caiu em torno de 45% e 55%, respectivamente. A redução da safra de inverno não foi compensada pelo início da safra das águas, mesmo com o aumento expressivo da oferta do Paraná, um dos principais estados fornecedores neste período e que intensificará a oferta a partir de janeiro.
Tomate
A análise realizada mensalmente pela Companhia considera as hortaliças mais comercializadas nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país e que registram maior destaque no cálculo do índice de inflação oficial (IPCA). Integram a avaliação: alface, batata, cebola, cenoura e tomate.
Entre as hortaliças, o tomate foi a exceção, com redução de preços nos mercados que abastecem São Paulo/SP, Vitória/ES, Curitiba/PR e Recife/PE. A maior queda no preço do tomate foi em Recife (20,81%), especialmente devido ao aumento da oferta do produto originário do próprio estado na Ceasa de Pernambuco, cerca de 15%.
Frutas
Os preços das frutas banana, laranja, maçã, mamão e melancia tiveram uma variação moderada em novembro, quando comparados aos do mês anterior. A melancia, por exemplo, registrou queda tanto na quantidade comercializada como nos preços, mesmo com o fim da safra na região de Uruana/Ceres (GO).
Esse cenário deve-se à menor demanda na maior parte do mês, devido ao tempo ameno e às chuvas, além da menor qualidade de alguns carregamentos. As exportações se mantiveram como um bom canal para o produtor brasileiro. As minimelancias cultivadas no Rio Grande do Norte encontraram mercado na Europa e as melancias de Goiás abasteceram países do Mercosul.