Apenas quem vive o dia a dia da citricultura conhece a real dificuldade de cultivar um pomar de laranja. E ao que tudo indica, este segundo semestre de 2021 será um dos mais desafiadores, por três motivos: as previsões apontam para chuvas abaixo do esperado; o greening continua avançando; e as pulverizações estão menos eficientes por falta de uso de tecnologias mais adequadas.
Por isso, vale destacar as tecnologias lançadas pela Oro Agri durante a ExpoCitros 2021, que, devido à pandemia de Covid-19, será realizada em caráter digital entre os dias 26 e 29 de julho. A edição presencial ocorreria em Cordeirópolis/SP.
Seca mais severa de todos os tempos
A seca no estado de São Paulo, o maior polo produtor de laranja do mundo, com mais 13 milhões de toneladas registradas na última safra, chegou 60 dias mais cedo, prometendo a estiagem mais severa deste século.
Cenário esse que deve se repetir em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná, segundo um alerta de emergência hídrica emitido pelo Sistema Nacional de Meteorologia (SMN).
As previsões mostram que não teremos chuvas expressivas até setembro nestas regiões. No último trimestre, São Paulo e Mato Grosso do Sul, em especial, registraram 350 mm de chuva, quando o normal esperado seria um volume de 600 mm, queda de quase 50%.
Para contornar a situação, a Oro Agri apresentará o Transformer Ultra, produto que visa a otimização do uso da água de irrigação e fertirrigação. “O produto otimiza o aproveitamento de água pelas plantas, principalmente nos cultivos conduzidos via sistema de irrigação ou fertirrigação”, explica Marlon Assunção, gerente de Pesquisa da Oro Agri.
Sucesso na Europa, Estados Unidos e Chile, entre outros países, o produto atua na melhoria da dinâmica da água e na sua retenção pelo solo. Isso se deve, em parte, à capacidade de renovar a atmosfera no local da aplicação, expulsando o gás carbônico dos meso e microporos. Dentre outras vantagens, possibilita, inclusive, a redução do número dos turnos de rega.
Manejo do greening
Levantamento da incidência das doenças dos citros realizado pela Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), em 2020, indicou que o número médio de laranjeiras com sintomas de greening no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro aumentou 9,7%, correspondendo a 41,3 milhões de árvores (20,87% do total).
O problema está cada vez mais sério e as plantas doentes devem ser eliminadas. Como tentativa de controle, produtores se viram obrigados a migrar para regiões desfavoráveis ao desenvolvimento do vetor da doença, o psilídeo.
“Em São Paulo, alguns produtores estão migrando de cidades tradicionalmente produtoras, como Bebedouro, Descalvado e Limeira, para o entorno de Ubirajara e Avaré”, relata Adriana de Cássia Mistroni da Silva, consultora de Desenvolvimento de Mercado da Oro Agri.
Segundo ela, a infestação avança de tal maneira que, nos casos mais extremos, obriga os citricultores a pulverizarem as plantações com inseticidas até semanalmente, durante o ano todo. É neste ponto que uma inovação tecnológica ambientalmente correta chega à ExpoCitros: o Prev-Am.
Trata-se de um inseticida, fungicida e acaricida inovador, à base do óleo essencial da casca de laranja, amplamente utilizado por produtores de frutas e hortaliças nos Estados Unidos, África do Sul e Europa, onde possui certificação para agricultura biológica pela Ecocert.
O produto já está registrado no Brasil e tem um modo de ação totalmente diferente, o que o torna uma ferramenta de manejo de resistência, além de não deixar resíduos nas frutas e hortaliças.
“Diferentemente da maior parte dos fitossanitários usados na agricultura, Prev-Am tem baixíssimo impacto sob a população de predadores naturais e polinizadores, a exemplo das abelhas. Eficiente em sua ação e sem deixar resíduos, os frutos podem ser consumidos ou processados 24 horas após aplicação do produto”, explica o gerente de Pesquisa da Oro Agri.
Otimização da taxa de aplicação
Entre os lançamentos da empresa na ExpoCitros, está o Principal. Trata-se de um adjuvante de última geração para cultivos citrícolas e outras culturas perenes, que, além de reduzir as perdas geradas durante o processo de pulverização, permite diminuir de forma significativa a taxa de aplicação de agroquímicos no pomar.
Melhora a cobertura, a homogeneização da calda, a padronização do espectro de gotas e aumenta o depósito. Também vale ressaltar que, além da melhor utilização do recurso hídrico disponível, o citricultor também terá vantagens sob o ponto de vista do rendimento operacional.
“Teremos um ano complicado para o citricultor, por isso estamos levando para a ExpoCitros o que de melhor existe em nosso portfólio, para ajudá-lo a enfrentar este cenário cheio de desafios”, conclui Jeferson E. Philippsen, gerente de Produtos da Oro Agri.