Cálculo da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Secint) do Ministério da Economia considera como indicador o desempenho pela média diária
A corrente de comércio brasileira aumentou 25,4%, alcançando US$ 13,53 bilhões, com superávit de US$ 1,60 bilhão na balança comercial (+209,5%), na primeira semana de outubro de 2022. O resultado foi puxado pelo crescimento de 33,8% nas exportações, que totalizaram US$ 7,56 bilhões, e de 16,2% nas importações, que atingiram US$ 5,96 bilhões. No acumulado do ano, as exportações totalizam US$ 261,24 bilhões e as importações, US$ 211,93 bilhões, com saldo positivo de US$ 49,32 bilhões e corrente de comércio de US$ 473,17 bilhões. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (10) pela Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (Secint) do Ministério da Economia.
No acumulado do ano, as exportações cresceram 18,7% e somaram US$ 261,24 bilhões. As importações cresceram 28,1%, totalizando US$ 211,93 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 49,32 bilhões (queda de -9,6%) e a corrente de comércio registrou aumento de 22,8%, atingindo US$ 473,17 bilhões.
Exportações e importações
Pelo lado das exportações, no acumulado até a primeira semana de outubro de 2022, em comparação ao mesmo mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 196,55 milhões (118,2%) em Agropecuária; queda de US$ -47,85 milhões (-14,6%) em Indústria Extrativa e crescimento de US$ 232,99 milhões (36,9%) em produtos da Indústria de Transformação.
A combinação desses resultados levou a um aumento das exportações, puxado, principalmente, pelo crescimento do milho não moído, exceto milho doce (464,2%), café não torrado (64,5%), soja (85,3%), na Agropecuária; outro minerais em bruto (144,2%), minérios de cobre e seus concentrados (191,0%) e óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (2,3%), na Indústria Extrativa; carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (212,5%), farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (92,8%) e óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (78,9%), na Indústria de Transformação.
Já nas importações, o desempenho por setor de atividade econômica foi o seguinte até a primeira semana de outubro de 2022: queda de -13,2% em Agropecuária, que somou US$ 110,35 milhões; queda de -38,4% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 140,21 milhões, e crescimento de 21,1% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 5,66 bilhões.
A combinação destes resultados motivou o aumento das importações, motivado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (28,0%), látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (40,9%) e matérias vegetais em bruto (45,0%), na Agropecuária; fertilizantes brutos, exceto adubos (217,5%), outros minérios e concentrados dos metais de base (43,2%) e carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (81,8%), na Indústria Extrativa; óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos, exceto óleos brutos (29,8%), inseticidas, rodenticidas, fungicidas, herbicidas, reguladores de crescimento para plantas, desinfetantes e semelhantes (104,5%) e veículos automóveis para transporte de mercadorias e usos especiais (204,3%), na Indústria de Transformação.