Volume representa um aumento de aproximadamente 10% em relação ao ano passado, que foi de R$ 364,2 bilhões, e é destinado a médios, enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), e grandes produtores rurais até junho de 2025
Clarisse Sousa – O governo federal lançou nesta quarta-feira (3/7) o Plano Safra 2024/25, destinando recursos no valor de R$ 400,59 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional. O financiamento abrange médios, enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), e grandes produtores rurais até junho de 2025.
Do total disponibilizado para a agricultura empresarial, R$ 293,29 bilhões estão reservados para custeio e comercialização, o que representa um aumento de 8% em comparação ao ano anterior, e R$ 107,3 bilhões para investimentos, um crescimento de 16,5%.
O montante anunciado representa um aumento de aproximadamente 10% em comparação ao Plano Safra anterior, que disponibilizou R$ 364,2 bilhões. O governo também anunciou o Plano Safra da Agricultura Familiar, com um aporte de R$ 76 bilhões, totalizando assim R$ 476 bilhões para a safra 2024/2025.
O ministro Fávaro, da Agricultura, destacou durante a cerimônia de lançamento que o governo federal trabalhou com foco em ações para impulsionar a agropecuária nacional. “É determinação do presidente Lula que a gente pudesse chegar no maior Plano Safra da história”, pontuou. Também reforçou que o Plano foi vem sendo elaborado para reduzir custos de produção para ser cada vez mais eficiente.
“No comparativo com os dois Plano Safra que tivemos na atual gestão, tivemos um incremento total de 40%. O governo está disponibilizando mais recursos para o setor. Nestes dois anos também o custo de produção dos produtos da agropecuária diminuiu. Com isso, o Plano acaba sendo mais eficaz em cerca de 63%, com maior cobertura e mais recursos disponíveis”, explicou Fávaro.
Sob o lema “Plantar com responsabilidade, colher oportunidades”, o novo Plano Safra beneficia os produtores que optam por práticas agrícolas sustentáveis, proporcionando redução de até 1,0 ponto percentual na taxa de juros de custeio. Essa iniciativa, similar ao plano anterior, visa incentivar a adoção de técnicas que promovam a preservação ambiental e o uso eficiente dos recursos naturais.
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O novo plano também ampliou os recursos destinados à construção de armazéns e à renovação de sistemas produtivos. O Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) teve um incremento de aproximadamente 18,42% no volume de recursos, passando de R$ 3,8 bilhões na safra passada para R$ 4,5 bilhões no novo plano safra.
Taxa de juros
As taxas de juros aplicadas no Plano Safra 2024/25 variam conforme o tipo de financiamento. Para custeio e comercialização, os produtores enquadrados no Pronamp terão acesso a uma taxa de 8% ao ano, enquanto os demais produtores pagarão 12% ao ano.
Para investimentos, as taxas de juros variam entre 7% ao ano e 12% ao ano, dependendo do programa específico de financiamento utilizado.
Moderfrota
No novo Plano Safra, o Moderfrota, programa voltado para a modernização da frota de tratores, implementos e colheitadeiras, contará com R$ 9,5 bilhões em recursos disponíveis. Os financiamentos serão oferecidos com uma taxa de juros de 11,5% ao ano, e os produtores terão um prazo máximo de até sete anos para efetuar o pagamento.
Para os produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), através do programa Moderfrota-Pronamp, serão disponibilizados R$ 2,8 bilhões com uma taxa de juros de 10,5% ao ano.
Seguro rural
Outro destaque são os recursos para Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). “É um super Plano Safra, mas ele também precisa de seguro. Sabemos das dificuldades, mas tem produtoras e produtores que precisam de atenção especial. E, mais uma vez, por determinação do presidente Lula, um seguro rural para melhorar a eficiência para o Rio Grande do Sul, para o estado que mais demandava recursos para seguro e ainda mais a partir de agora”, reforçou o ministro.
Fávaro ainda citou que os recursos ordinários para o Seguro Rural do Rio Grande do Sul eram da ordem de R$ 134,4 milhões, cresceram 17% e foi pra R$ 157,4 milhões. E em recursos extraordinários, mais R$ 210,9 milhões, somando R$ 368,3 milhões.
“O que significa isso? De 12 mil para 26 mil produtores cobertos pelo Seguro Rural no Rio Grande do Sul. De 669 mil para 1,2 milhão de hectares cobertos pelo Seguro. De R$ 5,5 bilhões para R$ 11 bilhões em seguros. 100% de aumento para trazer mais tranquilidade a esses produtores”, explicou.
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