A Agrishow 2022 – 27ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, encerrada na sexta-feira (29/4), alcançou um recorde de negócios. O valor foi de R$ 11,243 bilhões em vendas de máquinas agrícolas, de irrigação e de armazenagem
A Agrishow 2022 – 27ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, encerrada na última sexta-feira (29/4), alcançou um recorde de negócios. O valor foi de R$ 11,243 bilhões em vendas de máquinas agrícolas, de irrigação e de armazenagem.
Em termos de visitação, a Agrishow 2022 recebeu um total de 193 mil pessoas, em sua maioria, produtores rurais de pequenas, médias e grandes propriedades de todas as regiões do País e também do exterior.
Para João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), “essa foi a melhor feira de sua história, onde, inclusive, tivemos a oportunidade de apresentar a pujança do nosso setor e, em decorrência, as necessidades para o próximo Plana Safra. O Brasil precisa crescer e o crescimento está no agro”.
“Encerramos uma feira histórica saudando novamente a volta dos eventos presenciais, o olho no olho. A Agrishow trouxe toda a tecnologia do agro enfatizando a confiança de todos para que o Brasil siga crescendo em produtividade, sustentabilidade e como principal fornecedor de alimentos e produtos para o mundo”, afirma Francisco Matturro, Secretário da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e presidente da Agrishow.
A próxima edição da Agrishow será de 1 a 5 de maio de 2023.
Bons negócios para os expositores
Otimistas com a retomada dos eventos agro, empresas expositoras projetam crescimento nas vendas e até dobrar o volume de negócios durante a Agrishow 2022. Este é o caso da Orion, que já no primeiro dia de feira fechou novos contratos. Com inovações na sua linha de aplicadores de produtos biológicos líquidos, nos sulcos de plantio, atraiu produtores de todo o Brasil. A empresa com sede em Pompeia (SP) espera fechar quase 100% a mais em negócios, se comparado com a Agrishow de 2019. Sem parar de produzir e vender ao longo da pandemia de coronavírus, a Orion estima fechar 50% a mais de vendas em 2022, em relação à 2021.
Entusiasmo também presente na diretoria da Baldan, de Matão (SP), que estima vender entre 15% e 20% a mais do que a edição anterior da feira. Para atingir essa meta, entre as novidades deste ano a empresa ampliou seu portfólio de produtos e linha de atuação, trazendo automação, realidade aumentada e parcerias com fintech para linhas de financiamento. Inovações que fazem parte da nova estratégia de negócios da Baldan, que está aumentando as soluções oferecidas ao produtor.
O Grupo Piccin, de São Carlos (SP) aproveitou a Agrishow para ampliar a sua vitrine de negócios. Ao longo da semana, mais que vendas a empresa viu uma oportunidade para apresentar o que o Grupo tem de novo no mercado. Focada no preparo de solo, apresentou seus equipamentos, componentes e inovações tecnológicas.
“Valeu muito a pena esperar dois anos pela edição presencial do evento”, disse o técnico de pós-venda Bruno Nogueira, referindo-se aos negócios fechados pela Rotoplastyc Soluções Agrícolas. Faltava um dia para o evento acabar, e a empresa de Carazinho (RS) já havia superado as expectativas de vendas, além de se surpreender com o volume de clientes para negócios futuros. “Até mesmo novos parceiros conquistamos”, comemorou o representante da empresa fabricante de produtos rotomoldados.
Vendedores e executivos de empresas dos mais variados portes, vindas de diferentes partes do país, concordam que os resultados superaram as expectativas. “Tivemos que improvisar a vinda de um caminhão para retirada dos produtos vendidos, pois não esperávamos fechar tantos negócios”, contou Rubem Cione, gestor de marketing da Okubo.
Ele contou que, só para um cliente, a empresa vendeu 150 bobinas de lona, o equivalente a 18 toneladas do produto, utilizado para cobertura de cargas. “Além de apresentar nossos lançamentos, nosso foco aqui era a prospecção, conhecer novos clientes em potencial, mas fomos muito além. Fizemos excelentes contatos, inclusive com usinas e cooperativas, e ainda fechamos muitas vendas”.
Outra empresa que foi muito além da captação de futuros negócios é a Sol Copérnico, da capital paulista. Ela oferece todos os tipos de soluções para energia fotovoltaica, vendendo para o integrador, que instala o sistema, ou diretamente para usinas. “Trata-se de um ramo em que as pessoas geralmente estudam as opções, dialogam bastante antes de fechar o negócio e, mesmo assim, fechamos muitas vendas, inclusive grandes”, disse Scarlett Spinelli, executiva de vendas. “Surpreendeu em vários sentidos, o estande está sempre cheio de um público muito focado, de clientes em potencial.
O diretor comercial Guilherme Almeida também notou o foco do público e comemora o sucesso das vendas da Almeida Equipamentos, fabricante de implementos agrícolas de Motuca (SP). “Nossa expectativa de vendas era de R$ 3 milhões, mas estamos atingindo a faixa dos R$ 7 milhões”.
O engenheiro agrícola Elidon Pinhati Junior, da K.O. Máquinas Agrícolas comenta sobre a importância dos bancos na liberação e créditos ao produtor. “A maioria dos negócios teve como fonte os financiamentos e não com recursos próprios. O público também estava sedento, após dois anos sem o evento presencial”, resumiu.