O ano de 2021 foi totalmente impactado pela pandemia da Covid-19. O Brasil e o mundo sofreram especialmente com problemas logísticos, devido às paralisações e fechamentos para evitar a proliferação do vírus. Para além disso, por aqui, sofremos as consequências das adversidades do clima, com falta de chuva, geadas ou muita chuva, em determinadas regiões.
Com a chegada das vacinas, e a alta aceitação da população, aos poucos, diversos setores puderam respirar um pouco mais aliviados e retomaram suas atividades. No agro, apesar de o setor ter mantido bons resultados em meio à pandemia, o clima foi e tem sido um grande desafio.
Desafios para o café em 2022
A temporada 2021/22 da safra do café começou com uma colheita menor do que o esperado, devido ao clima seco nos cafezais brasileiros. O que disparou cotações, além do dólar já bem à frente do real.
Mas, apesar de tudo isso, o Brasil exportou 40 milhões de sacas de café em 2021, com uma receita de US$ 6 bilhões, 10% a mais da receita de 2020, apesar de queda no volume de 9%. Segundo dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), esse foi o terceiro maior volume remetido ao exterior pelo país na história, mesmo em meio à transição para uma safra de ciclo baixo.
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O Cecafé atribui o resultado à resiliência e ao profissionalismo dos exportadores brasileiros, que enfrentaram as dificuldades.
Para a safra 2022, não é esperado recordes devido ao clima no início da temporada. E é certo que alguns problemas vão persistir, como os gargalos logísticos. Espera-se que o clima seja mais favorável do que na safra passada. O diretor geral do Cecafé, Marcos Matos, faz uma análise e destaca as oportunidades e desafios para o café em 2022. Acompanhe.