Máquinas e Inovações Agrícolas

Brasil supera Argentina como maior fornecedor mundial de farelo de soja

De acordo com análise do Boletim Logístico da Conab, País deverá registrar escoamento de 21,8 milhões de toneladas nesta temporada

O Brasil deverá manter elevadas as exportações de farelo de soja nesta temporada, tornando-se o maior fornecedor mundial desse subproduto com o escoamento de 21,8 milhões de toneladas. De acordo com a análise do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na segunda-feira (21), as recentes alterações foram motivadas pela redução do processamento de soja na Argentina – principal fornecedor mundial – em decorrência da queda na produção da oleaginosa naquele país, com previsão de ser 50% inferior à do ano passado, o pior resultado argentino desde o ciclo 1999/00.

De forma indireta, outro fator importante no acréscimo da oferta do farelo de soja nacional está relacionado à forte demanda por parte das indústrias brasileiras de biodiesel, que impulsionaram os preços do óleo de soja no mercado brasileiro.

Fenasucro 2023 alcança R$ 8,3 bilhões em volume de negócios

Esse cenário foi acirrado pela disputa externa, uma vez que a procura global pelo óleo de soja do Brasil também está aquecida, apresentando, de acordo com o Comex Stat, recorde de exportação do subproduto no período.

As exportações brasileiras do farelo de soja no acumulado até julho/23 atingiram 12,9 milhões de toneladas contra 12,2 milhões ocorridas no mesmo período do exercício passado. Destaca-se ainda o escoamento pelo porto de Santos (40,6%), Paranaguá (29%), Rio Grande (15,5%) e Salvador (5,7%).

Fretes

Com relação aos preços de fretes rodoviários, o Boletim aponta que houve tendência de aumento na média das cotações em Mato Grosso, onde as contratações de transporte de grãos vêm sofrendo sucessivos acréscimos, acompanhando a volatilidade observada nos preços dos combustíveis. De acordo com as fontes, este aquecimento deve perdurar até que o nível de comercialização da soja e do milho atinja patamares considerados suficientes para que se estabilize, o que poderá acontecer em outubro e novembro. Em Mato Grosso do Sul, o mercado também experimentou reajustes de preços, especialmente a partir da segunda quinzena do mês, devido a questões comerciais que envolvem as cotações dos grãos e dos prêmios nos portos, e a demanda do mercado interno e externo.

Agritech lança trator AGT 25 para operações em pequenas propriedades

Outros estados que seguiram o movimento de alta foram Goiás, onde os preços sofreram reajustes e as dificuldades para obter caminhões continuaram em julho, e Tocantins, que apresenta alta demanda em determinados itinerários, especialmente na retirada da soja em grãos dos armazéns com descarga no transbordo de Palmeirante e destino no porto de Itaqui/MA. No Paraná, os valores de transporte para o milho não apresentaram variações nos trajetos em direção a Paranaguá. Já nos estados da Bahia, Piauí, Maranhão e também no Distrito Federal, o mercado de fretes apresentou redução na maior parte dos trechos.

Em Minas Gerais, na avaliação das transportadoras, o grande volume de soja que continua armazenado e sem comercialização fará com que o setor siga aquecido ao longo de todo o segundo semestre. Além disso, o grande destaque do estado é a rota do café, líder das exportações do setor agropecuário mineiro e que desempenha um papel crucial na receita do estado, representando 36% do valor total. No primeiro semestre deste ano o produto faturou US$ 2,6 bilhões, com embarques correspondentes a 11 milhões de sacas.

 

ASSINE MÁQUINAS E INOVAÇÕES AGRÍCOLAS – A PARTIR DE R$ 6,90

➜ Siga a Máquinas & Inovações Agrícolas no Instagram e no Linkedin!

Compartilhar