A Agrishow Experience teve início hoje e se estende até sexta-feira, em ambiente totalmente virtual, no qual serão abordados assuntos como novidades em tecnologias para máquinas e implementos agrícolas, agricultura digital, sustentabilidade, irrigação e cooperativismo. A programação se dividirá em temas específicos para cada dia da semana, que serão debatidos em uma série de webinars, entrevistas e dicas de produtores rurais. Além disso, a plataforma oferece produtos e serviços para o agricultor, por meio de marcas expositoras, contribuindo para a geração de negócios. Ainda é possível se cadastrar gratuitamente para participar do evento aqui.
Na primeira rodada de discussões, dentro do tema Máquinas e Implementos Agrícolas escolhido para abrir o primeiro dia da Agrishow Experience, foi realizado o webinar sobre “Agricultura rentável e sustentável: inovações em máquinas e implementos agrícolas”, com a participação dos especialistas Odilo Pedro Marion (presidentes da Agrimec), Rodrigo Janzen Duck (diretor geral da Horsch), Niumar Dutra Aurélio (supervisor de Marketing do Produto Fuse AGCO) e Wanderson Tosta (diretor de Marketing Jacto), com moderação de Ricardo Inamasu (pesquisador da Embrapa Instrumentação).
Uma das questões expostas foi se é possível trazer tecnologias de fora para serem adotadas no País. Duck é um dos que enxerga essa possibilidade, desde que observados aspectos de “tropicalização” para o maquinário. “O solo brasileiro é muito desafiador, por ser muitas das vezes compactado, com muita palha. É preciso uma adequação para a realidade de cada produtor”, afirmou.
Para Aurélio, os diferentes solos encontrados no País exigem uma mecanização “personalizada”. “Quando o produto nasce aqui, já nasce com as características necessárias”, aponta. Já Tosta, avalia que as tecnologias de fora até ajudam a ditar alguma inovação, mas que é preciso um trabalho forte de desenvolvimento para que as máquinas atendam às necessidades muito particulares do País.
Os especialistas debateram ainda que a oportunidade hoje no campo está em acompanhar de perto o produtor, antecipando seus desejos e antevendo situações. “A oportunidade está em acompanhar o produtor. Vivenciar as operações no campo”, apontou Tosta. Duck lembrou ainda que, além dessa proximidade com o produtor, deve-se questionar se o que se produz hoje ainda será o mesmo que se consumirá no futuro. “Do que o mundo vai se alimentar daqui a 10 anos? É preciso estar atento às essas mudanças”, concluiu.