Máquinas e Inovações Agrícolas

Conferência sobre o setor sucroenergético

A produtividade agrícola do setor sucroenergético brasileiro tem aumentado gradualmente desde a implantação do Proálcool, mas ainda é necessário alcançar novos patamares, com inovações que revigorem os ganhos e reduzam custos de produção, possibilitando assim mais competitividade ao segmento. Diante deste cenário e com o objetivo de criar um fórum independente de discussões dos temas que impactam direta e indiretamente a cadeia produtiva canavieira, a Datagro, consultoria de cana, açúcar e etanol, em parceria com o Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (CEISE Br) e a Reed Multiplus realizam a Datagro CEISE Br Conference – Fenasucro, evento técnico oficial de abertura da 21ª Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergético (Fenasucro).

Em sua segunda edição, a conferência, que acontece no dia 27 de agosto, das 8h30 às 16h, no Teatro Municipal “Profº Olímpia Faria de Aguiar Adami”, em Sertãozinho (SP), reunirá executivos de alto nível, especialistas, empresários e autoridades em cana, açúcar e etanol, para debater questões pertinentes ao setor, tanto em âmbito local quanto mundial. Dividido em cinco painéis, além da abertura e cerimônia de encerramento, o evento abordará os seguintes temas: perspectivas do mercado mundial e avaliação da safra 2013/14 no Brasil; desenvolvimento econômico com a diversificação do setor sucroenergético; visão e atuação do setor produtor; política industrial para o setor sucroenergético e financiamentos para o setor sucroenergético.

Para o presidente da Datagro, Plínio Nastari, a Fenasucro é muito importante e vai sinalizar o início de retomada do setor. “Aquele déficit de matéria-prima, que existia há dois anos foi eliminado este ano e as demandas continuam crescendo com excelentes oportunidades a serem exploradas dentro e fora do Brasil”. Segundo o especialista, é necessário que a retomada, tão esperada, ocorra de forma organizada sem sobressaltos e sem a euforia como ocorreu na década passada, sendo sucedida por um período de estagnação. “Espero que esta retomada se dê de forma uniforme. Existe muita tecnologia nova no mercado para ajudar a aumentar a eficiência na área agrícola e industrial, eficiência que vai ajudar a competitividade do etanol e que vai trazer mais sustentabilidade econômica e ambiental para o setor. É disso que vamos tratar na conferência de abertura da Fenasucro”, completa.

Com a expectativa de reunir cerca de 400 líderes de negócios, especialistas e autoridades do setor sucroenergético, as inscrições já estão praticamente esgotadas, o que comprova a necessidade de se discutir os problemas e encontrar soluções para o desenvolvimento do segmento. “A Fenasucro sempre foi plataforma para disseminação de novas informações e para fomentar novas negociações no setor sucroenergético e isso foi o que aconteceu ao longo das últimas décadas. Independente das crises, a Feira nunca deixou de crescer e continuar a ser uma ferramenta para impulsionar o segmento”, assegura Fernando Barbosa, diretor da Reed Multiplus.

De acordo com o executivo, a retomada é irreversível, mesmo sem a previsão da instalação de novas usinas, pois é necessário fazer a manutenção das já existentes e os investimentos postergados até agora deverão ser feitos para atender a demanda da safra recorde. “Embora o momento ainda seja delicado, alguns indicadores econômicos apontam otimismo. Isso é o que indica a prévia da próxima rodada do ICFSS Reed Multiplus/Fundace”, diz, se referindo ao índice medido pelo Programa de Pesquisa em Agronegócio da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP (Agrofea), que reflete a avaliação dos gestores em relação à conjuntura econômica atual e as expectativas em relação ao sistema agroindustrial da cana-de-açúcar. Conforme mostram os primeiros dados, há uma grande expectativa para a entressafra deste ano com o aumento da demanda. “Os investimentos na parte agrícola tem influência nessa expectativa, pois significa aumento da produtividade e por consequência, aumento da demanda por novas máquinas e equipamentos”, conclui Barbosa.

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