Já com a ciência da realização da Reunião de Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, a organização do RIO+AGRO – Fórum Internacional do Desenvolvimento Agroambiental Sustentável – produziu um documento com os temas debatidos durante o evento, realizado no início do segundo semestre deste ano, no Golfe Olímpico da Barra da Tijuca. O objetivo é que esse material fosse entregue aos representantes dos países participantes do G20.
Durante o RIO+AGRO, foram apresentados dezenas de trabalhos científicos. A iniciativa reuniu por cinco dias quase 200 palestrantes e dezenas de expositores nacionais e internacionais de grande relevância, além de receber um público superior a 18 mil pessoas.
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O Agro brasileiro tem sido fundamental no debate contra a fome mundial, por liderar um movimento que se apresenta como principal solução para a insegurança alimentar que atinge centenas de milhões de pessoas. Hoje, de cada cinco refeições servidas no mundo, uma é produzida no Brasil. Para o engenheiro agrônomo, doutor em ciências ambientais e Presidente do RIO+AGRO, Carlos Favoreto, a principal pauta do G20 vai ao encontro de tudo que está no documento produzido e entregue aos representantes dos países reunidos essa semana no Rio de Janeiro.
“Os países de clima temperado sempre ditaram as tendências da produção de alimentos. Hoje, com a escassez de terras agricultáveis na região, o cinturão tropical – aquela faixa que compreendida entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio, que conta com mais de 70 países – será fundamental para alimentar o mundo nas próximas décadas. E o Brasil, graças ao trabalho da EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Está 50 anos à frente das outras nações da região, reunindo todas as condições para liderar essa revolução agrícola”, afirma.
Favoreto completa: “O Brasil tem como dobrar, até mesmo triplicar, sua capacidade produtiva sem cortar uma árvore sequer. Temos 2/3 de nosso território coberto por vegetação nativa. E esse é nosso maior ativo, afinal, não se produz alimento em área degradada.”
O responsável pela entrega do documento à organização do G20 foi o diretor da Autoridade do Desenvolvimento Sustentável do Estado do Rio de Janeiro, Paulo Protásio.
“Ao passar a bandeira para a África do Sul – próximo país a assumir a presidência do G20 – foi bom saber da existência de plataformas para troca de conhecimento entre especialistas brasileiros e africanos. O G20 no Brasil fez avanços significativos na agricultura tropical, o que pode ser benéfico para as nações africanas, que enfrentam condições semelhantes. Isso pode incluir o compartilhamento das melhores práticas em agricultura sustentável, manejo de pragas e diversificação de culturas. O interesse será de dar continuidade à presente iniciativa no momento que nos preparamos para garantir a segurança alimentar do mundo a partir do Sul Global”, confirma Protásio.
A segunda edição do RIO+AGRO acontece entre os dias 1º e 3 de outubro de 2025, no Riocentro.
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