Máquinas e Inovações Agrícolas

EMBRAPA: futuro no 3º Congresso Mulheres no Agronegócio

A agricultura de base biológica, com menor aplicação de agroquímicos, a Ciência da Computação e a sustentabilidade são os três pilares do futuro da agricultura no Brasil, na avaliação do diretor executivo de Inovação e Tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Cleber Soares. Por estas três vias o Brasil poderá atender aproximadamente 40% da demanda global por alimentos até 2050, segundo o executivo. “Chegamos a um patamar em que os ganhos de produtividade (no Brasil) são muito tênues. Não serão mais a genética, as boas práticas ou os processos que trarão grandes incrementos, e sim a Ciência da Computação”, disse Soares durante 3º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio, em São Paulo.

Soares ponderou que, apesar de haver outras áreas com potencial agrícola, elas levariam décadas para atingir a produtividade média atual do Brasil em diversos segmentos. No caso da África Subsaariana, este tempo chegaria a 50 anos; em países da América Central e do Sul, 30 anos.

Com relação à Ciência da Computação e a soluções de agricultura digital, Soares deu como exemplo os benefícios que podem ser obtidos ao acessar grande volume de dados de algumas culturas. “Podemos usar a tecnologia da Ciência da Computação para escolher o melhor momento da colheita, plantio, irrigação; recorrer a softwares de armazenamento para minimizar perda e desperdício ou saber o melhor momento de comercializar um produto”, afirmou Soares.

O terceiro pilar da agricultura brasileira, a sustentabilidade, está diretamente relacionada à adoção de sistemas integrados de produção, como o Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Segundo o diretor da Embrapa, hoje cerca de 14 milhões de hectares no Brasil já são explorados por meio deste sistema. “Quem está puxando essa dianteira é o Brasil”, garantiu ele.

Fonte: Clarice Couto – clarice.couto@estadao.com

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