Soares ponderou que, apesar de haver outras áreas com potencial agrícola, elas levariam décadas para atingir a produtividade média atual do Brasil em diversos segmentos. No caso da África Subsaariana, este tempo chegaria a 50 anos; em países da América Central e do Sul, 30 anos.
Com relação à Ciência da Computação e a soluções de agricultura digital, Soares deu como exemplo os benefícios que podem ser obtidos ao acessar grande volume de dados de algumas culturas. “Podemos usar a tecnologia da Ciência da Computação para escolher o melhor momento da colheita, plantio, irrigação; recorrer a softwares de armazenamento para minimizar perda e desperdício ou saber o melhor momento de comercializar um produto”, afirmou Soares.
O terceiro pilar da agricultura brasileira, a sustentabilidade, está diretamente relacionada à adoção de sistemas integrados de produção, como o Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Segundo o diretor da Embrapa, hoje cerca de 14 milhões de hectares no Brasil já são explorados por meio deste sistema. “Quem está puxando essa dianteira é o Brasil”, garantiu ele.
Fonte: Clarice Couto – clarice.couto@estadao.com