Máquinas e Inovações Agrícolas

Fabricante obtém financiamento inédito do Finep para silvicultura


A empresa Suzano Papel e Celulose, fabricante de celulose de eucalipto , contará com recursos da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) para investir em iniciativas de ganho de produtividade nas atividades florestais.  O financiamento de R$ 21,2 milhões, já aprovado, será destinado a quatro grupos de projetos: plantio e irrigação automatizada, destoca e automatização do combate de plantas invasoras. Esta é a primeira vez que a companhia obtém recursos do Finep para investimentos na área de silvicultura.

Esses projetos estão inseridos no programa de Competitividade Estrutural da Silvicultura, ou Cesi, iniciado há mais de dois anos dentro da Suzano. “O desenvolvimento de novas tecnologias e sistemas visam a redução do custo, o ganho de produtividade das atividades, a melhoria das condições de trabalho no campo e a utilização de equipamentos mais modernos e dotados de tecnologia de controle”, explica Mauricio Simões, gerente de desenvolvimento florestal da Suzano Papel e Celulose. “Esse conjunto de iniciativas também nos ajudará a sermos ainda mais eficientes no aproveitamento da água para irrigação e na aplicação de herbicidas”, complementa o executivo. 

O desenvolvimento de plantadoras e outros equipamentos automatizados, uma parceria envolvendo a Suzano e fabricantes de máquinas nacionais e estrangeiros, aperfeiçoará o sistema de plantio e colheita da companhia e proporcionará ainda mais eficiência nas atividades de silvicultura.

A adoção de novas tecnologias para a retirada do toco (destoca), por sua vez, permitirá o aproveitamento dos resíduos (tocos remanescentes após o corte das árvores plantadas de eucalipto), abrindo espaço para seu uso em outras finalidades e transformação de áreas para agricultura. “Buscamos o desenvolvimento de um sistema apropriado para as condições brasileiras, a partir do qual podemos avançar ainda mais no aproveitamento das florestas, principalmente em termos de geração de energia e permitindo que áreas plantadas mais distantes das nossas fábricas possam ser desmobilizadas com o máximo potencial de valorização”, explica Simões, referindo-se ao projeto de geração de valor com a venda de fazendas que deixem de ser estratégicas no longo prazo. 

Avanços na automação das atividades de irrigação, outra das frentes apresentadas à Finep, devem resultar em um sistema mais eficiente e integrado de análise física do ambiente (solo e clima) e, consequentemente, em uma melhor definição do volume de água necessário para cada novo plantio.

O plano da Suzano Papel e Celulose foi enquadrado pela Finep na linha de Inovação para Competitividade. O financiamento terá custo equiparável à TJLP, acrescida de 3% ao ano, com prazo total de dez anos, incluindo três anos de carência.

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