Um exemplo de skidder em ação na Itália. A empresa de trabalhos florestais Loss Pierantonio possui um dos poucos skidders utilizados na Itália. A escolha operacional dessa empresa é contrária àquelas florestais similares que, para o mesmo trabalho, tendem a usar guindaste de cabo móvel (com uma pequena torre) e processador (normalmente na escavadeira). Neste caso, optou-se por um guindaste de cabo tradicional (por isso, é possível realizar linhas mais longas) juntamente a um skidder com guindaste florestal e guincho. Uma combinação permitiu à empresa diferenciar- se, tendo acesso a utilizações com custos menores que os da concorrência. O skidder em questão é o modelo 805 HD do fabricante alemão HSM. Trata-se de uma máquina de médio porte, adaptada para condições difíceis, Heavy Duty (HD), certificada para trafegar também na estrada pública e ajustada para deslocamentos máximos de 50 km – mais que suficientes para se chegar aos diversos canteiros no âmbito do perímetro onde atua. A máquina está equipada com o guincho HY 20, munido de duas bocas de desflorestamento e dois cilindros (com força de tração máxima de 100 kN/cilindro), um guindaste florestal Loglift F 101 RT 72, com alcance máximo de 7,2 m, uma pinça para os troncos Cranab com barra de motosserra e uma lâmina dianteira. A Loss Pierantonio atua principalmente na região do Trentino, onde existe uma viabilidade florestal normalmente mais cuidada em relação ao que se encontra na maioria das outras regiões. Todavia, o acesso ao bosque continua sendo o principal problema para uma máquina desse tipo.
Quando as condições do terreno permitem, o skidder alcança diretamente a madeira no leito de queda, mas tal solução de desflorestamento deve ser atentamente programada na fase de projetação do corte. Na verdade, justamente para favorecer o acesso a tais meios, as normativas regionais permitem, na maioria das vezes, a abertura temporária de pistas de desflorestamento, desde que as terraplanagens sejam limitadas. Mas também nesse caso (como já, a propósito, deveria ocorrer nas linhas de guindaste a cabo) para uma utilização eficaz e racional, a martelada florestal (operação onde o técnico imprime um selo com o martelo florestal na base das árvores que deverão ser abatidas) deve ser realizada em pistas de desflorestamento já traçadas, ou pelo menos já identificadas no papel. Somente desse modo, concentrando a retirada ao longo dessas pistas, será possível assegurar a operação de silvicultura e minimizar os danos à floresta. Todavia, programar tal martelada nas modalidades de desflorestamento ainda é um dos maiores problemas das empresas florestais. Entre os disponíveis, a escolha dos pneus mais indicados tornou-se praticamente obrigatória, adotando os maiores possíveis, que sejam compatíveis com a circulação em estrada pública. Assim sendo, uma boa opção é a medida de 600/55-26.5. Uma largura alta das coberturas é fundamental para garantir a melhor aderência durante o desflorestamento e a mais alta capacidade de “flutuação” da máquina, não danificando o solo superficial. De qualquer modo, é preciso dispor de correias, mesmo em terreno seco.