IBGE prevê queda de 3% para a safra 2026, totalizando 335,7 milhões de toneladas

A pesquisa também traz a estimativa de novembro para a safra de 2025 de cereais, leguminosas e oleaginosas, que alcançou 345,9 milhões de toneladas, 18,2% maior do que a obtida em 2024

IBGE prevê queda de 3% para a safra 2026, totalizando 335,7 milhões de toneladas

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado hoje (11) pelo IBGE, mostra que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve totalizar 335,7 milhões de toneladas em 2026. Trata-se de um valor 3,0% ou 10,2 milhões de toneladas menor do que a safra obtida em 2025.

O declínio da produção em relação à safra 2025 deve-se à menor estimativa prevista, principalmente, para o milho, sorgo, arroz, algodão herbáceo, trigo e para o feijão. Para a soja foi estimado um crescimento na produção de 1,0% ou 1,6 milhão de toneladas.

“A queda projetada para a safra de 2026, em relação à de 2025, ocorre, principalmente, porque a base de comparação deste ano é excepcionalmente elevada. As condições climáticas favoreceram fortemente o desempenho tanto da 1ª quanto da 2ª safra, um cenário que não deve se repetir no próximo ano”, destacou Carlos Barradas.

A área total estimada para cultivo de cereais, leguminosas e oleaginosas, em 2026, foi de 82,3 milhões de hectares, crescimento de 0,9% em relação a 2025. Com relação à área prevista, apresentam variações positivas o milho e a soja. Apresentaram variação negativa: o algodão herbáceo, o arroz o feijão.

Houve aumentos nas estimativas da área a ser colhida no Mato Grosso (3,3%), no Rio Grande do Sul (1,7%), no Tocantins (1,9%), no Pará (6,4%) e em Rondônia (2,4%). Apresentaram quedas: Goiás (-0,4%), Mato Grosso do Sul (-1,1%), Minas Gerais (-0,3%), Bahia (-3,5%), São Paulo (-1,3%), Maranhão (-0,2%), Piauí (-3,1%), Santa Catarina (-0,4%) e Ceará (-0,3%).

Safra de 2025 deve ser 18,2% maior do que a de 2024

A pesquisa também traz a estimativa de novembro para a safra de 2025 de cereais, leguminosas e oleaginosas, que alcançou 345,9 milhões de toneladas, 18,2% maior do que a obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas), crescimento de 53,2 milhões de toneladas.

Em relação a outubro, houve acréscimo de 313,7 mil toneladas (0,1%). A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas de 2025 é recorde da série histórica do IBGE.

A área a ser colhida este ano deve ser de 81,5 milhões de hectares, o que representa um crescimento de 3,1% (2,5 milhões de hectares a mais) em relação à área colhida em 2024. Frente ao mês anterior, a área a ser colhida apresentou uma expansão de 66,8 mil hectares (0,1%).

“Apesar de problemas climáticos, como a escassez e a má distribuição das chuvas durante o principal período de cultivo, a safra de verão, no Rio Grande do Sul e em algumas áreas do Mato Grosso do Sul e do Paraná, havendo queda na produção da soja em 2025, as condições climáticas favoreceram a safra deste ano, impulsionando esse aumento significativo”, destaca o gerente do LSPA, Carlos Barradas.

Os principais destaques positivos da safra 2025, em relação a 2024, foram as estimativas da produção de milho, da soja, do sorgo, do arroz e do algodão. Na comparação com 2024, houve aumentos na produção estimada de 11,5% para o algodão herbáceo (em caroço); de 18,8% para o arroz em casca; de 14,5% para a soja; de 23,5% para o milho (crescimento de 12,4% para o milho 1ª safra e de 26,2% para o milho 2ª safra); de 35,4% para o sorgo; de 5,1% para o trigo; e para o feijão, ocorreu decréscimo de 3,0%.

“O aumento na produção de sorgo, por exemplo, ocorreu principalmente devido à expansão do plantio, motivada pelo receio de perdas no milho por questões climáticas. Muitos produtores que perdem a janela de plantio do milho optam pelo sorgo, por ele apresentar maior tolerância à falta de umidade no solo. Além disso, o bom volume de chuvas nas regiões produtoras também contribuiu para o crescimento da produção”, acrescenta Carlos.

Mato Grosso lidera a produção nacional de grãos

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 32,0%, seguido pelo Paraná (13,5%), Goiás (11,2%), Rio Grande do Sul (9,4%), Mato Grosso do Sul (8,1%) e Minas Gerais (5,5%), que, somados, representaram 79,7% do total. Com relação às participações regionais, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (51,7%), Sul (25,0%), Sudeste (8,9%), Nordeste (8,0%) e Norte (6,4%).

 

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