Máquinas e Inovações Agrícolas

Alta do diesel afeta preços de frete e de alimentos no campo

Somente este ano, a Petrobrás já realizou seis aumentos no preço da gasolina e cinco, no diesel, sendo que o último passou a vigorar no dia 9 de março, quando a gasolina subiu 8,8% e o diesel 5,5%. A política de reajustes da Petrobrás reflete o aumento do valor internacional do barril de petróleo, além da variação cambial.

No início do mês, a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis, apontava a necessidade de um aumento de 8%, no diesel, a fim de reduzir a distância entre os preços cobrados internamente e fora do País.

O temor é de que a importação do diesel agora cause prejuízos à empresa. A Petrobras sinalizou, inclusive, às distribuidoras que pode não ter condições de atender a toda demanda por diesel entre março e abril. A Agência Nacional de Petróleo já confirmou que as distribuidoras estão em busca de alternativas, caso isso aconteça.

Se a falta de diesel se materializar, a colheita e a exportação de soja, que este ano seguem com atraso, poderão ser prejudicadas.

Toda essa movimentação ocorre em um momento delicado, com o anúncio de troca no comando da Petrobrás pelo governo.

No campo, os produtores rurais reclamam da falta de previsibilidade, já que o combustível, em alguns casos, é responsável por até 30% dos custos de produção.

O engenheiro agrônomo, consultor na área de agronegócios e produtor rural da região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, José Luis Coelho, não acredita que chegará a faltar o combustível. Ele critica a atual política de preços adotada pela Petrobras, que tem provocado aumentos nos valores de frete e, por consequência, no preço dos alimentos. Em sua avaliação o produtor não pode continuar prejudicado por essa política e diz que os governos em todas as esferas devem fazer sua parte.

Ouça o que ele fala para o nosso Podcast!

 

Compartilhar