Máquinas e Inovações Agrícolas

Importação de aeronaves agrícolas deve crescer 25% em 2018

Segundo projeções da empresa Razac Tranding, as importações de aeronaves agrícolas devem crescer até 25% este ano, para acompanhar o desempenho recente do setor Agro. Embora a frota brasileira seja a segunda maior do mundo, com 2.115 unidades – 2.108 aviões e sete helicópteros -, atrás apenas dos Estados Unidos, com 3,6 mil (conforme levantamentos da Agência Federal de Aviação (em inglês: Federal Aviation Administration – FAA), nem todas são produzidas no Brasil. As aeronaves agrícolas turbo-hélice possuem capacidade de aplicação maior que as de pistão, portanto é necessário importar esse modelo, abrindo oportunidade de negócio para quem atua com comércio exterior.

É o caso da Razac Trading, que implantou uma área especializada em importação de aeronaves para corresponder à crescente na demanda de modelos agrícolas. Por se tratar de um processo complexo, envolvendo questões como contrato de compra, aspectos legais e técnicos, traslados e o desembaraço aduaneiro, incluindo homologação da autoridade aeronáutica, a importação pode ser demorada e exige bastante dedicação e conhecimento.

“Uma importação realizada de forma incorreta pode trazer prejuízos difíceis de recuperar. Além de verificar a legislação, o apoio de um consultor é fundamental, pois o que funciona para o produtor vizinho, nem sempre pode funcionar para o outro”, explica Luiz Ferraz. Para áreas com mais de 5 mil hectares já compensa utilizar uma aeronave agrícola turbo-hélice, que possibilita atingir grandes níveis de produtividade. Mas, para áreas menores, talvez não seja a melhor alternativa.

Previsão para 2018

Em 2017, o crescimento de aeronaves importadas foi de 1,5% (32 aeronaves), o que representa ainda um acumulado de 46,2% nos últimos 10 anos. Entre os estados que possuem maior número de aeronaves agrícolas estão o Mato Grosso (464), Rio Grande do Sul (427) São Paulo (314) e Goiás (277). Minas Gerais teve o maior crescimento (15,5 %), passando de 71 aeronaves em 2016 para 82 em 2017.

“Temos uma previsão otimista para 2018, de que o Brasil importe entre 30 e 40 aeronaves turbo-hélice novas, alcançando até 25% a mais do que no ano passado. Como não há produção do produto no Brasil e os impostos de importação são baixos, a compra no exterior se torna ainda mais atrativa”, afirma Luiz Ferraz.

Depois de anos de instabilidade, em 2017 a economia voltou a crescer. O motivo, segundo o IBGE, deve-se principalmente à expansão de 13% da agropecuária. “Mesmo durante os anos de crise aguda, a frota brasileira de aeronaves agrícolas cresceu (enquanto a frota da aviação geral diminuiu), ainda que em números muito modestos. Para os próximos anos, temos certeza que a importação desse produto será ainda maior, trazendo oportunidade para o setor da aviação e do comércio exterior”, completa Luiz Ferraz.

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