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Incidência de cigarrinha-do-milho deve ser alta na safra 20/21

As condições climáticas e o histórico em temporadas anteriores indicam que a incidência da cigarrinha-do-milho deve ser alta no milho segunda safra 2020/21, que deve começar a ser plantado em janeiro do ano que vem. As infestações na safra de verão constumam ser menores, mas é quando as cigarrinhas se multiplicam, para atacar posteriormente. Dessa forma, agora é a época ideal para planejar o controle do inseto, preferencialmente com o manejo integrado de pragas.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Cerrados, Sergio Abud da Silva, são necessárias várias ações para reduzir a incidência dessa praga e das doenças de enfezamento do milho, que ela transmite, como: rotação de culturas, uso de sementes certificadas e tratadas, manutenção de janelas de semeadura de 20 a 30 dias, diversificação de cultivares e aplicação de inseticidas, entre outras.

O inseticida biológico Octane (Isaria fumosorosea) é indicado para o manejo da cigarrinha-do-milho, pois tem uma ação prolongada no campo. “Os resultados são excelentes, com até 85% de eficiência no controle da cigarrinha”, orienta Rodrigo Rodrigues, gerente de vendas Centro-Sul da Koppert.

Para Abud Silva, é importante destacar que o uso de inseticidas biológicos em combinação com os químicos proporciona o efeito imediato de choque do controle químico e o efeito residual de controle com o biológico, ampliando a ação de manejo do inseto-vetor. “Lembrando ainda, que após a aplicação de inseticidas, o monitoramento deve continuar para prevenir a reinfestação da área com cigarrinha”, orienta.

De acordo com o pesquisador, o cenário de demanda interna e externa pelo cereal brasileiro levaram o Brasil a produzir duas e até três safras anuais do grão em diversas regiões. “Seja cultivado ou tiguera (voluntário), a presença constante de milho no campo cria um ambiente favorável ao aumento das populações de cigarrinha-do-milho e do complexo de doenças de enfezamentos, que podem causar redução de até 100% na produção da planta infectada. Em áreas com alta incidência os prejuízos com a produtividade podem ser superiores a 70%”, explica Abud da Silva.

Ações de monitoramento realizadas por empresas associadas à CropLife Brasil, mostram que a ocorrência dos enfezamentos e os níveis populacionais da cigarrinha-do-milho aumentaram em diversos estados brasileiros, principalmente a partir da safra 2015/16. Os maiores surtos foram identificados em regiões da Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná.

Fonte: Koppert
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