Máquinas e Inovações Agrícolas

Leveza e modernidade na poda em arvorismo

Embora no âmbito florestal e da preservação do verde as medidas operacionais tenham mudado profundamente nos últimos tempos, a motosserra continua sendo um equipamento insubstituível para qualquer profissional da área. A escolha do modelo mais apropriado revela-se mais importante do que nunca, para a eficiência e segurança do trabalho.

Para as podas, diretamente na planta ou nas plataformas aéreas, servem motosserras leves e manejáveis. Da Stihl, destaca-se, nesse sentido, a MS 201T, um modelo destinado a usuários habilitados.

[imagebrowser id=16]

 

A tecnologia 2-Mix. O motor, de 35,2 cm³ de cilindrada, desfruta da 2-Mix, uma solução em que os gases de escape produzidos pela combustão do ciclo precedente, mas ainda existentes na câmara de explosão, são separados pela mistura ar-gasolina na entrada mediante um “sopro” de ar limpo, evitando, assim, que junto às fumaças seja dispersado muito combustível não queimado (de até 25%) no ambiente. Desse modo, são drasticamente reduzidas as assim chamadas “perdas de lavagem”. Trata-se de uma inovação introduzida em motosserras de tipo profissional, que também contribui na redução de até 20% dos consumos em relação aos motores Stihl tradicionais de dois tempos e de igual potência e, graças à redução de 50% dos poluentes, assegura ao mesmo tempo a conformidade com os requisitos das normativas europeias, em vigor para as motosserras de 2014. Tudo isso beneficia, além do meio ambiente e do bolso, a saúde do operador, que passa a inalar uma quantidade menor de gases de escape nocivos.

A relação massa/potência de 2,1 kg/kW também é mais baixa em relação ao modelo anterior. O novo equipamento está disponível com trancas de direção de 30 e 35 cm, o que possibilita o corte de ramos de diâmetro maior.

As peculiaridades. Quando se trabalha pendurado a um simples cabo e a diversos metros de altura do solo, os pormenores mais insignificantes também assumem grande importância: cada grama de peso pode contar, e todos os detalhes devem ser atentamente considerados.

A MS 201 T revela alguns detalhes que a tornam adequada ao trabalho direto na planta com a técnica do “tree-climbing” (arvorismo). A ignição é assistida por um microprocessador, que assegura movimentos imediatos e sem ricochetes, uma vantagem imensa quando se trabalha em precárias condições de equilíbrio nas árvores.

Todas as funções mais importantes da máquina (fechamento das borboletas de partida, funcionamento e trava) estão concentradas em uma “alavanca”, e podem ser acionadas com uma única mão. A proteção da corrente é antiqueda e se engancha diretamente no cárter do carretel, mediante uma parada. Por isso, não há necessidade de desenroscar durante os deslocamentos na planta. Além disso, dispõe de duas argolas, para que na fase de trabalho o equipamento possa ser pendurado com um mosquetão na cintura do operador. Os arpões da motosserra, outro elemento de perigo para o usuário ou de dano aos cabos de segurança, são cobertos.

A porca de aperto do cárter também possui um dispositivo que impede o seu total desaperto; assim, é possível substituir a tranca ou a corrente com a porca sempre na posição correta.

Graças a uma bomba de capacidade regulável, é possível ajustar a quantidade ideal de lubrificante em função dos dispositivos de corte montados e das características da madeira. A calibragem é realizada com a chave universal Stihl, agindo de fora em um parafuso colocado perto do dispositivo de trava da corrente.

A superfície aumentada e a ampla câmara de acúmulo garantem uma vida útil mais longa ao filtro de ar que, segundo a Stihl, é até duplicada em relação ao modelo MS200T anterior. A MS201T também vem montada com um dispositivo para selecionar o funcionamento no inverno (< 10 °C) e no verão (> 20 °C).

A versão MS201TC-E. Trata-se de uma variação do modelo básico, que inclui uma série de dispositivos aptos a tornar ainda menos pesado o trabalho do operador.

A ErgoStart é uma solução para a partida que, combinada à bomba manual do combustível, reduz realmente pela metade o número de “arranques” necessários na fase de ignição por conta da operação a uma velocidade reduzida de cerca de 2/3 em relação à usual, graças a uma mola espiral entre o cilindro do cabo de partida e o eixo motor.

A MS201TC-E também pode ser equipada com a corrente de 3/8” Picco Super, caracterizada por altos rendimentos de corte e eficiência de incisão; a malha de direção com a “saliência” reduz consideravelmente a tendência ao solavanco. A Stihl afirma que, assim, também o nível de vibração é reduzido. Mas vale lembrar que as vibrações dependem de muitos fatores, nem sempre condicionados à máquina (por exemplo, o grau de afiação da corrente, o tipo de madeira, o desgaste da barra de direção etc.).

Ainda mais leve. Embora com potência inferior, a Stihl propõe uma motosserra ainda mais leve, a MS150 TC-E. Trata-se de um modelo de apenas 2,6 kg que, no entanto, inclui as mesmas soluções de vanguarda de suas “irmãs” maiores, como o motor de dois tempos com tecnologia 2-Mix e a partida facilitada pelo sistema ErgoStart.

Possui um gancho redobrável para a fixação de segurança na cintura ou no cabo, e pode ser montada com várias trancas de direção, de acordo com as atividades e preferências do operador. É possível optar pela tranca Carving, caracterizada por um raio de curvatura da cabeça bem pequeno e por um revestimento de liga que diminui o desgaste devido ao atrito. Em combinação com a corrente RMS de 1/4”, é ideal para a realização de entalhes e operações de dendrocirurgia.

Uma alternativa é montar a tranca Rollomatic E-Minilight, particularmente fina e que em união com a combinação com a corrente de 1/4”, de malha fina Picco Micro 3, confere uma significativa redução de peso, juntamente a uma capacidade maior de corte, muito indicada para operações de poda na planta, onde também cada grama a menos faz a diferença.

Leia também: Cuidados no uso de motosserras leves >>

Compartilhar