O processamento pós-colheita do guaraná, segundo especialistas, é a fase produtiva que demanda mais atenção, por apresentar implicações no rendimento e na qualidade do produto final. Operações como o despolpamento, por exemplo, são complexas e se tornam impraticáveis de serem feitas de forma artesanal em grandes volumes. Para solucionar esse problema, a Embrapa implementou um projeto de pesquisa em conjunto com as empresas Pinhalense, fabricante de máquinas agrícolas, e a Jayoro, detentora da maior área de cultivo de guaraná em todo o mundo. O resultado foi apresentado no início de novembro, em Presidente Figueiredo (AM).
A partir de testes com um equipamento que foi inicialmente desenvolvido pela Pinhalense para o processamento de café, as empresas fizeram ajustes necessários para adequá-lo à cultura do guaranazeiro. A usina completa para o processamento pós-colheita, que passou por quatro anos de adaptações, é constituída por um conjunto de equipamentos: desracemador; despolpador; lavador e separador de cascas e sementes; secador; entre outros acessórios.
Segundo nota divulgada pela Embrapa, a referida tecnologia, testada e validada, passou a ser adotada pela Jayro e vem alcançando diversas vantagens quando comparada ao sistema utilizado anteriormente, que exigia, por exemplo, a etapa de fermentação dos frutos, que agora podem ser despolpados logo após a colheita. Com isso, é possível aumentar a produtividade e reduzir custos com mão de obra e consumo de energia.
