Máquinas e Inovações Agrícolas

Moderfrota deve receber adicional de R$ 2,5 bilhões


Até o início de dezembro, o Moderfrota, programa de financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas do governo federal, deverá receber um acréscimo de recursos da ordem de R$ 2,5 bilhões. O anúncio foi feito pelo secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, após reunião com o presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, João Carlos Marchesan, realizada nesta quarta-feira na sede da entidade em São Paulo.

Segundo Geller, o Plano Agrícola e Pecuário 2016/17 (Plano Safra) destinou R$ 5,4 bilhões para a compra de máquinas e equipamentos, mas este montante se mostrou insuficiente para atender a demanda do setor: apenas nos três primeiros meses do plano já foram contratados quase 60% do total. “A previsão é de que tenhamos uma supersafra. Vai faltar colheitadeira no campo e o recurso já está se esgotando, por isso esse reforço se justifica”, disse Geller. “Há ainda uma possibilidade de, inclusive, uma conversa em fevereiro ou março para avaliarmos se é preciso ampliar para que não faltem recursos para esse programa tão importante”.

Ele garantiu que o processo para aprovação do remanejamento de recursos de outros programas para o Moderfrota já está muito bem encaminhado com a equipe econômica e destacou que as regras para aquisição não sofrerão nenhuma alteração. “Estamos cuidando para que não faltem recursos para os programas que estão dando resultado para o setor e retirar onde tiver excesso”, afirmou.

Aumento de preços

Uma das preocupações é de que o estímulo ao crédito não se traduza em aumento de preços para a aquisição. “Estamos acompanhando isso muito de perto e o que notamos é que a questão não está na indústria e, sim, na ponta, na revenda”, comentou Geller. Uma inciativa apoiada pela ABIMAQ. “Somos solidários a esta preocupação. A indústria tem promovido reajustes bem menores do que a inflação, mesmo porque vivemos um período recessivo muito forte nos últimos dois anos, então não houve aumento de preços, ao contrário, o que vimos foi a concessão de descontos”, disse Marchesan. “Assumimos o compromisso de acompanhar a evolução dos preços; estamos controlando na indústria, mas também vamos fazer um controle, junto com o Ministério, na ponta, para que não haja num abuso do outro lado”, afirmou.

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