Máquinas e Inovações Agrícolas

New Holland testa trator movido a biometano pela primeira vez no Brasil

O trator T6.140 da New Holland está sendo testado em uma propriedade rural no município de Santa Helena, oeste do Paraná, pela primeira vez. Nesse primeiro teste será possível verificar a performance do trator movido a biometano em terras brasileiras.

O protótipo já tinha sido testado exaustivamente na fazenda La Bellotta, propriedade rural de um cliente New Holland localizada no norte da Itália, onde pôde ser conferida 40% de economia de combustível em comparação com um trator a diesel. “Com o teste em uma área brasileira, podemos confirmar a autonomia de pelo menos cinco horas da máquina nas condições que os produtores rurais do País trabalham. Também poderemos observar a economia no consumo de combustível”, conta o gerente de Marketing de Produto, Nilson Righi, que coordena o teste.

Com capacidade para armazenar 300 litros de metano comprimido, o T6.140 tem à disposição a estrutura de produção de biometano da propriedade, localizada entre os municípios de Foz do Iguaçu e Cascavel, que já possui parceria técnica com a Itaipu Binacional em um projeto piloto de produção de combustível.

André Haacke, dono da propriedade, afirma que, se os testes forem bem-sucedidos, deve haver economia nos custos. “A nossa propriedade tem uma estrutura na produção de biogás, com compressores e filtro, itens fornecidos pela parceria com a Itaipu, além do biodigestor”.

A propriedade em Santa Helena tem cerca de 40 hectares, produz milho e aveia para o gado confinado e ainda cria aves para a produção de ovos.

Em fevereiro de 2015 a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) regulamentou o uso do biometano em veículos no Brasil. O combustível é gerado a partir da decomposição de resíduos orgânicos, 100% renovável e tem características químicas semelhantes ao GNV. A regulamentação era aguardada desde 2011, ano em que foram iniciados testes com veículos movidos a biometano no país.

Autossuficiência

O T6 atende a todos os tipos de culturas, em diversas operações na propriedade, o que mostra o grande potencial desse novo modelo no mercado. Além da potência tradicional da linha, o protótipo emite 80% menos CO2 do que com combustível fóssil, característica que vai ao encontro ao modelo de agricultura contemporâneo, em que se produz mais com menor agressão ao meio ambiente.

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