Ao integrar inovações, cafeicultores podem aumentar a eficiência na produção e melhorar a qualidade do produto
A Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Expocacer) lançou uma linha de produção industrial exclusiva para o rebeneficiamento de café especial, com foco na qualidade dos grãos, em pequenos lotes de até 3.600 kg por hora.
“O maquinário é 100% automatizado, com 108 opções de rotas para rebeneficiamento do café. Esse sistema de automação permite controlar KPI’s (índices de controle de produção e manutenção), além de contar com o sensor de Inteligência Artificial para controle da manutenção preditiva. Foi projetado para trabalhar cafés de alta qualidade, de forma mais seletiva, visando maior rendimento, melhor seleção e classificação dos grãos”, afirma Célio Barreto, gerente de inovação e tecnologia da Expocacer.
O parque de máquinas da Expocacer das unidades de armazenamento I e II tem quatro linhas de produção de rebenefício de café, com capacidade de produzir até 500 sacas de 60kg por hora, o equivalente a 30.000 kg/h.
A cooperativa também vem trabalhando com sensores dotados de inteligência artificial na prevenção preditiva. Os sensores monitoram as vibrações e a temperatura do maquinário em tempo real, informando onde e quando manutenções preditivas devem ser realizadas sem prejudicar o ritmo da produção. A tecnologia proporcionou uma redução de custo de 20% na manutenção e 10% no aumento da disponibilidade do maquinário.
“Devido ao impacto transformacional da IA e das tecnologias de “digital twins”, nossa indústria está se tornando cada vez mais autônoma, com um novo fluxo de trabalho que usa como referência a simulação virtual da operação e nos permite testar novos layouts e identificar novos processos utilizando de IoT em cada máquina da linha de produção. A aplicação dessas tecnologias nos permite reduzir o tempo de ciclo da operação, otimizando os espaços, os processos e a eficiência operacional sem mudanças físicas muito dispendiosas”, explica a diretora de operações e logística da Expocacer, Flávia Madureira.
Ao integrar inovações nos processos de produção de café, os cafeicultores podem também atender a demandas dos consumidores por transparência e sustentabilidade na cadeia de suprimentos.
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A tecnologia pode ser aliada do produtor e da indústria do café em diferentes estágios, como cultivo e colheita, pós-colheita, monitoramento, controle de qualidade, rastreabilidade, automação e também para avaliar experiência do comprador.
Os cafeicultores também trabalham essas tecnologias em suas propriedades, a exemplo da irrigação inteligente, com sensores de umidade do solo e estações meteorológicas utilizadas para monitorar as condições ambientais e controlar o sistema de irrigação de forma precisa e eficiente. Algoritmos de machine learning também são aplicados para otimizar o uso da água, garantindo que as plantas recebam a quantidade certa de água no momento adequado.
No Cerrado Mineiro, utiliza-se também sistemas de seleção e classificação automática de grãos, gestão de dados, colheita mecanizada, fertirrigação e nutrição precisa, entre outros. “Estamos sempre buscando oferecer ao produtor e consumidor as melhores e mais novas técnicas de produção, sempre aliadas à sustentabilidade. O futuro é um terreno fértil para inovação e criatividade”, conclui Célio Barreto.
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