Máquinas e Inovações Agrícolas

“O agronegócio é o Brasil que dá certo”, diz economista na Agrishow

Ribeirão Preto (SP) – A potência do agronegócio brasileiro para alavancar a economia do País norteou a palestra do economista Roberto Gianetti da Fonseca a empresários, realizada na Agrishow, nesta terça-feira (2/5).

Gianetti afirmou que está otimista com a recuperação da economia, mas que gostaria que o processo fosse mais rápido e elogiou o agronegócio como uma referência de sucesso do Brasil. “O agronegócio é o Brasil que dá certo, que cresce com uma taxa positiva, fantástica, um sucesso absoluto, mostrando sua capacidade de produtividade, inovação e tecnologia, com livre iniciativa, mais liberdade de operação, menos intervenção e mais empreendedorismo”, comentou Gianetti. “Temos deficiências ainda na logística e na comercialização, mas o agronegócio é aquilo que se deveria mirar para fazer o país dar certo.”

Gianetti ministrou a palestra “Volta do Crescimento do Brasil: oportunidades e desafios” e, apesar de seu otimismo, demonstrou seu incômodo com o ritmo vagarosa do crescimento econômico. “Faltam medidas de curto prazo, temos que torcer para aprovações das reformas previdenciária e trabalhista, porque são fundamentais para dar segurança e confiança ao empresário e ao consumidor, mas me preocupa o nível de desemprego, que ainda cresce, já em mais de 14%”, explicou ele. “Temos que tomar medidas urgentes para a redução de desemprego no Brasil.”

Se o agronegócio é um exemplo e dá a sua contribuição ao País, Gianetti volta suas atenções para estimular os setores de serviços e as indústrias, que empregam muito. Com previsão de crescimento econômico baixo neste ano, de 0,5%, ele destaca que o Brasil deveria crescer 3% a 4% ao ano. Para 2018, talvez chegue a 2%. “Precisamos de reforma política e partidária e realizarmos eleições em 2017 para retornar o País à sua normalidade para que ele cresça de forma vigorosa”, acrescentou o economista, lembrando que também é necessária a reforma tributária, além de resolver as dependências econômicas das altas taxa de juros e a taxa de câmbio. “É preciso estímulo, só esperar o mercado reagir não resolve.” Gianetti enfatizou que a reforma política e partidária deve partir da sociedade civil, senão os erros do sistema irão continuar.

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