Máquinas e Inovações Agrícolas

Ouça: o posicionamento do agro brasileiro na COP-27

No podcast RádioMIA desta semana, o posicionamento do agro, em documento entregue pela CNA ao governo federal, de entidades e demais representantes do setor e produtores rurais, para a COP-27

A 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-27) ocorre de 6 a 18 de novembro no Egito, e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) preparou um documento com o posicionamento do agro brasileiro, que foi entregue ao governo federal na semana passada.

Esse documento foi entregue pelo presidente da entidade, João Martins, aos ministros Joaquim Leite (Meio Ambiente), Marcos Montes (Agricultura) e Carlos França (Relações Exteriores) durante o evento “Agropecuária Brasileira no Acordo de Paris. Na ocasião, João Martins destacou que os 5 milhões de proprietários rurais brasileiros estão “prontos a desempenhar seu papel dentro das ambiciosas contribuições nacionalmente determinadas”.

Ele lembrou que o setor agropecuário brasileiro, baseado em um modelo de desenvolvimento sustentável, investiu “pesadamente em uma atividade menos emissora de gases de efeito estufa”, além de ter apostado na preservação de seu maior patrimônio natural.

Muni Lourenço, presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, afirma que o documento foi elaborado levando em consideração o posicionamento colhido junto às federações e produtores brasileiros.

O documento traz cinco pontos importantes para os negociadores brasileiros. O primeiro fala sobre a nova meta de financiamento climático. A CNA propõe assegurar aumento dos recursos provenientes dos países desenvolvidos, como previsto no Acordo de Paris, ampliar o financiamento para práticas, tecnologias e projetos de adaptação, visando reduzir impactos do aquecimento global e o fortalecimento da segurança alimentar global. E propõe o estímulo aos instrumentos de financiamento inovadores, como Pagamentos por Serviços Ambientais.

A segunda proposição do documento diz respeito aos mecanismos focados em adaptação, que surgem como resposta às questões não só climáticas, mas de segurança alimentar e energética.

O terceiro ponto destaca a adoção de um plano de ação para agricultura, resultado das negociações de Koronívia. A CNA entende que é fundamental a formalização e criação do Comitê de Koronívia para intensificar ações no setor agrícola.

O quarto ponto aponta a necessidade em evoluir no entendimento das Partes sobre como operacionalizar os mecanismos de mercado de carbono e recomenda atenção especial em relação à qualificação dos créditos de carbono negociáveis entre os países e as regras de aplicação do mercado global.

Por fim, o documento traz recomendações gerais aos negociadores brasileiros, destacando a COP-27 como o local para consolidar os compromissos das Partes diante da efetiva implementação de ações. Confira!

 

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