O PIB cresceu 1,2% na comparação do primeiro trimestre de 2021 contra o quarto trimestre de 2020, na série com ajuste sazonal. Frente ao mesmo trimestre de 2020, o PIB apresentou crescimento de 1%. No acumulado nos quatro trimestres, terminados em março de 2021, o PIB caiu 3,8%, comparado aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Em valores correntes, o PIB no primeiro trimestre de 2021 totalizou R$ 2,048 trilhões, sendo R$ 1,753 trilhão referente ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 294,7 bilhões aos Impostos sobre Produtor líquidos de Subsídios. Mais uma vez o resultado positivo foi puxado pela Agropecuária, que no período avançou 5,7%, seguido por Indústria (0,7%) e Serviços (0,4%).
Entre as atividades industriais, o avanço foi puxado pelas Indústrias Extrativas (3,2%). Também registraram taxas positivas a Construção (2,1%) e a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,9%). O único desempenho negativo se deu nas Indústrias de Transformação (-0,5%).
Nos Serviços, houve resultados positivos em Transporte, armazenagem e correio (3,6%), Intermediação financeira e seguros (1,7%), Informação e comunicação (1,4%), Comércio (1,2%), Atividades imobiliárias (1,0%) e Outros serviços (0,1%). A única variação negativa veio da Administração, saúde e educação pública (-0,6%).
Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo (4,6%) cresceu, enquanto a Despesa de Consumo das Famílias (-0,1%) e a Despesa de Consumo do Governo (-0,8%) tiveram variações negativas em relação ao trimestre imediatamente anterior.
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços tiveram crescimento de 3,7%, enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram 11,6% em relação ao quarto trimestre de 2020.
PIB recua 3,8% no acumulado
O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2021 recuou 3,8% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou do recuo de 3,7% do Valor Adicionado a preços básicos e de 4,4% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado nesta comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (2,3%), Indústria (-2,7%) e Serviços (-4,5%).
As atividades industriais com variações negativas foram: Construção (-6,9%), Indústria da Transformação (-2,7%) e Indústrias Extrativas (-0,3%). O único resultado positivo foi em Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (0,5%).
Nos Serviços, houve quedas em: Outras atividades de serviços (-13,0%), Transporte, armazenagem e correio(-8,6%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-5,5%) e Comércio (-2,4%). Os resultados positivos foram obtidos por Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (5,0%),Atividades imobiliárias (3,0%) e Informação e comunicação (0,8%).
Na análise da demanda, a Despesa de Consumo das Famílias e a Despesa de Consumo do Governo caíram, ambas, 5,7%. Já a Formação Bruta de Capital Fixo apresentou alta de 2,0% No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços recuaram 1,0%, enquanto as Importações de Bens e Serviços apresentaram queda de 9,2%.
Taxa de Investimento foi de 19,4%
A taxa de investimento no primeiro trimestre de 2021 foi de 19,4% do PIB, acima do observado no mesmo período do ano anterior (15,9%). A taxa de poupança foi de 20,6% no primeiro trimestre de 2021 (ante 13,4% no mesmo período de 2020).
A Necessidade de Financiamento alcançou R$ 60,1 bilhões, ante R$ 80,3 bilhões no mesmo período de 2020. A queda da Necessidade de Financiamento é explicada, principalmente, pela redução de R$ 22,7 bilhões em Renda Líquida de Propriedade enviada ao Resto do Mundo, especialmente lucros e dividendos, e pela redução de R$ 6,0 bilhões no saldo externo de bens e serviços.