Máquinas e Inovações Agrícolas

PIB do agronegócio paulista recuou 1,7% e fechou 2015 em R$ 230 bilhões

Pressionado pelas retrações da indústria (de insumos e agroindústria) e dos serviços, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio paulista recuou 1,7% e fechou 2015 em R$ 230 bilhões, mostra pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em parceria com o Centro de Estudos e Pesquisas em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (CEPEA/Esalq/USP).

O levantamento apura a geração de renda e riquezas de setores como o de insumos, incluindo os defensivos agrícolas, fertilizantes, máquinas e implementos, nutrição e saúde animal e óleo diesel utilizado na atividade.

A pesquisa também mensura o PIB da produção agropecuária, em relação às mais diferentes culturas e da agroindústria, ou seja, os fabricantes de massas alimentícias, celulose e papel, suco de laranja, açúcar e etanol, laticínios, vestuário, entre outros e do segmento de serviços, que, entre outras atividades, inclui comércio, transporte, instituições de financiamento e de seguros diretamente ligados ao agronegócio.

Com a queda, a produção do setor paulista passa a representar 18,5% do PIB do agronegócio brasileiro e cerca de 12% do PIB total do Estado de São Paulo.

Em contrapartida, o agronegócio nacional apresentou ligeira elevação de 0,54% no ano, nos três elos, fechando 2015 em R$ 1,27 trilhão, segundo as informações da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) a partir dos dados nacionais elaborados pelo CEPEA/Esalq/USP. O resultado nacional agregado, ainda que tenha apresentado ligeira alta, ficou distante do crescimento de 1,8% do PIB da atividade agropecuária (dentro da porteira), medido pelo IBGE para o mesmo período.

“Os fatores que estimularam o crescimento do agronegócio nacional tiveram efeitos mais restritos aqui em São Paulo”, destaca Antonio Carlos Costa, gerente do Departamento do Agronegócio (Deagro) da Fiesp. “No Brasil, o segmento primário responde, em média, por cerca de 30% do PIB do setor, com as atividades industriais somando cerca de 40%. Enquanto que no estado o segmento primário responde por percentual inferior a 10% e o PIB das atividades industriais (indústrias de insumos e processamento) soma quase 50%.”

A participação do setor de insumos no PIB de São Paulo em 2015 foi de 6% do total, enquanto o segmento de serviços deteve 43%, seguido pela agroindústria, com 42%, e pela agropecuária com 9%.

O PIB do setor de insumos em 2015 foi de R$ 12,5 bilhões, uma retração de 6,9% na comparação com 2014.

Já a agroindústria registrou um PIB de R$ 96,2 bilhões no ano passado, 1,7% menos do que o registrado em 2014. Variação percentual semelhante foi notada no PIB do segmento de serviços, que fechou o ano em R$ 99,7 bilhões.

Na contramão, o PIB da agropecuária foi o único que registrou alta, embora tímida, de 0,7% na comparação anual, passando para R$ 21,5 bilhões em 2015.

A atividade de serviços empregou 45% do total de trabalhadores do agronegócio, enquanto a agroindústria foi responsável por 35% das vagas, seguida pela agropecuária, com 16%. Já o segmento de insumos empregou 4% do total.

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