Segundo José Angelo Mazzillo Júnior, secretário-adjunto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o que vai suprir mais o agronegócio daqui em diante são as fontes privadas de crédito
O Plano Safra, que vem girando em torno de R$ 300 bilhões, não é mais suficiente para financiar a produção agropecuária nacional, que requer em torno de R$ 800 bi por temporada, afirmou, nesta quarta-feira (8), o secretário-adjunto de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Angelo Mazzillo Júnior, durante painel no evento “One Agro”, realizado pela Syngenta, em Campinas (SP). “O que vai suprir mais o agronegócio daqui em diante são as fontes privadas de crédito”, ressaltou.
Safra de grãos deve superar 271 milhões de toneladas
Também palestrante no painel, Pedro Fernandes, diretor do Itaú BBA, pontuou que atualmente apenas 25% dos recursos ofertados, por exemplo, no Plano Safra são a juros controlados, o que já demonstra que o agro vem buscando se financiar com fontes privadas. E, segundo o executivo, uma boa gestão do negócio agrícola tem potencial para reduzir o custo de captação do capital.
No que diz respeito ao seguro rural, Mazzillo alertou que o contingenciamento de recursos do subsídio governamental impede a expansão da área segurada, “porque a subvenção é fundamental para amortecimento do valor do prêmio”. “O seguro é naturalmente caro e precisa do governo. Hoje, temos apenas cerca de 14 milhões de hectares agrícolas segurados.”