Máquinas e Inovações Agrícolas

Plantando oportunidades: transformando tecnologia em resultado para o desenvolvimento regional

O agronegócio no Rio Grande do Sul apresenta historicamente um bom desempenho. Em 2013, de acordo com a Fundação de Economia e Estatística (FEE) do Estado, o setor teve incremento de 39,7% em relação ao período anterior, alavancando o PIB, que cresceu 5,8%. Em função de resultados como esse, investidores agrícolas de todo o Brasil e do mundo apostam nas férteis terras gaúchas produtoras de soja, trigo, arroz e milho.

Empresa atua em 95 municípios do RS e cria ações para aumentar a participação no mercado; objetivo é retomar a expansão territorial e abrir novas lojas em 2015

Foi considerando esse cenário que sete anos atrás um grupo de amigos resolveu apostar na difusão de tecnologia e fundar a revenda de máquinas agrícolas Planta Sul. A primeira concessionária foi instalada na cidade de Seberi. No ano seguinte, foi inaugurada a filial de Santo Augusto. Os bons resultados animaram os empresários a abrir, em 2011 e 2012, unidades em Chiapata, Boa Vista das Missões, Três de Maio e Palmeira das Missões.

Alexandre Perotti, sócio e diretor-geral da Planta Sul, segue otimista na meta de faturar R$ 125 milhões em 2014

Alexandre Perotti, sócio e diretor-geral, segue otimista com o negócio e afirma que, apesar das expectativas de retração para este ano, a empresa continuará perseguindo a meta de faturar R$ 125 milhões, superando o resultado do último ano, quando ultrapassou R$ 100 milhões em vendas. A companhia atualmente emprega 118 pessoas.

Máquinas & Inovações Agrícolas Quando vocês começaram, as vendas de máquinas voltavam a crescer no Brasil. Como foi a experiência de entrar e conquistar espaço nesse mercado naquele momento?
Alexandre Perotti
Enfrentamos dificuldades. A primeira foi conseguir acessar o disputado mercado, com concorrentes bem estruturados e com muitos anos de trabalho. Depois, foi difícil montar o portfólio, já que todas as principais empresas atuavam com parceiros importantes. Para completar, não foi fácil formar o time comercial, devido à grande procura por profissionais qualificados. O mercado ainda era estável em relação a oportunidades. Ainda estávamos entrando em um novo momento agrícola, quando o governo disponibilizava muitos recursos e proporcionava aos agricultores oportunidade para renovar e “tecnificar” frotas.

M&IA – Que estratégias adotaram para alavancar os negócios e consolidar a revenda?
AP
A linha de inovação, que, inclusive, trazemos em nosso slogan: “transformando tecnologia em resultado para o desenvolvimento regional”. Buscamos uma política de “ganha-ganha”, ou seja, antes de efetivar um negócio com os clientes, demonstramos preocupação com os dois lados. Outra importante estratégia foi buscar parceiros fortes, com especialização. O nosso portfólio, por exemplo, é formado por várias empresas, cada uma especialista em seu segmento. Desde o início, almejamos um negócio diferenciado, para levar novas tecnologias e tornar a agricultura mais rentável e sustentável aos clientes.

M&IA – Como está estruturado o portfólio atualmente?
APEstá completo. Acabamos de nos tornar concessionária Agrale. Fechamos plantio com Semeato, colheita com GTS e pulverização com Jacto, entre outras de implementos e acessórios. Temos ampla linha de defensivos. Somos uma empresa de máquinas e também de agroquímicos.

M&IA – Como nasceu a parceria com a Semeato?
APTrabalhamos com a Semeato desde o final de 2008, quando a Planta Sul focava apenas no mercado de insumos. Foi a primeira parceira no segmento de máquinas. Temos grandes notícias sendo estruturadas nos bastidores. Em breve, nossos clientes serão beneficiados com essas novidades.

M&IA – Há planos de nova expansão da revenda?
APSim. Em 2015 pretendemos retomar a expansão territorial com a abertura de novas lojas. Quando iniciamos o negócio, estipulamos como meta a atuação num mercado potencial acima de um milhão de hectares. Montamos estratégias ousadas e, em cinco anos, abrimos seis lojas. Passamos a atuar em 95 municípios do noroeste do Rio Grande do Sul. Desde junho de 2012, estamos criando ações para aumentar a participação no mercado. Em maio deste ano, inauguramos uma central em Seberi, onde estão concentradas as atividades administrativas.

M&IA – Como vocês preparam os colaboradores para atender à clientela?
APCriamos uma academia para treinamentos, onde os professores são os nossos melhores profissionais. Essa academia tem contribuído para a qualificação e, principalmente, para a padronização do time. O projeto é coordenado pelo departamento de Recursos Humanos.

M&IA – De que forma interagem com os clientes para estimular o bom uso das máquinas?
APEstamos estruturando um projeto para o pós-venda. Os clientes que compram máquinas na Planta Sul são contatados durante a entressafra, para saber o desempenho da máquina e se há interesse na visita de um técnico. Durante a visita, ele pode fazer um levantamento das necessidades em termos de manutenção preventiva. Essa ação tem alavancado as vendas de peças e os negócios com novas máquinas e torna-se, cada vez mais, um diferencial competitivo.

M&IA – Diante da perspectiva de menor faturamento do setor de máquinas neste ano, o que pretendem fazer para minimizar riscos?
APEm 2013, o nosso faturamento ultrapassou R$ 100 milhões. Neste ano, a meta é atingir R$ 125 milhões. Sabemos que a tendência é de retração, mas acreditamos no lema “quanto maiores as dificuldades, melhores as oportunidades”. Assim, aumentamos o portfólio e a assistência técnica. Queremos continuar crescendo, mesmo que o mercado esteja estável.

M&IA – Redução de estoque pode ser uma alternativa?
APNão. A melhor solução é acertar precisamente os planejamentos. Se diminuirmos o estoque, podemos perder oportunidades por não termos máquinas disponíveis.

M&IA – O que esperar para os próximos anos?
APUma Planta Sul ainda mais estruturada, sempre em busca de inovação e tecnologia, para proporcionar uma agricultura com rentabilidade ainda maior aos clientes. Buscar novos mercados e, assim, tornar-se referência.

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