Por Adriana Gavaça
Após duas ondas de frio intenso, a massa de ar polar, que derrubou os termômetros em todo o País, com recordes nas temperaturas mínimas em diversas regiões produtoras de café, cana de açúcar e hortaliças, finalmente deu uma trégua neste início de agosto.
No entanto, a previsão, segundo a Climatempo, é de que as baixas temperaturas retornem com força a partir da segunda quinzena do mês.
No caso do café, muitas das plantações, que vinham sendo afetadas pela estiagem, ficaram destruídas após as geadas de julho. O mau tempo prejudicou, especialmente, os cafeeiros jovens, que precisarão ser podados ou replantados.
O reflexo dessas perdas deverá ser sentido no bolso do consumidor e também no tamanho da produção aguardada para os próximos anos, um vez que a safra de 2021 já está praticamente colhida. Com isso, a safra de café em 2022 pode encolher em até 5,2 milhões de sacas.
O coordenador de produção agrícola da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Maciel Silva, diz que o mercado já dá como certa esta redução na produção de café. Ele orienta os produtores, especialmente os de menor porte, a recorrerem sempre a medidas de prevenção, como seguro rural, a fim de se protegerem de intempéries como a atual. Para aqueles que já amargam prejuízo, o executivo aponta linhas de crédito específicas para o setor. Acompanhe sua declaração.