Apesar da intercorrência climática, o aspecto geral do trigo no Rio Grande do Sul é considerado satisfatório e as perspectivas de produtividade permanecem favoráveis, desde que se mantenham os períodos de tempo firme alternados com chuvas regulares. A área cultivada, conforme dados da Emater/RS-Ascar, é de 1.312.488 hectares, e a produtividade prevista está em 3.100 kg/ha. Atualmente, 76% das lavouras de trigo estão em desenvolvimento vegetativo, 20% em floração e 4% em enchimento de grãos, conforme foto feita na quarta-feira (28/08) em Maximiliano de Almeida.
De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar divulgado nesta quinta-feira (29/08), as chuvas, ocorridas nos dias 22 e 23/08, que abrangeram todo o Estado, proporcionaram a reposição de umidade no solo e beneficiaram o desempenho das plantas, além de viabilizarem a aplicação de adubação nitrogenada em cobertura.
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No entanto, a massa de ar frio subsequente, especialmente a partir de 25/08, causou a formação de geadas de intensidade variável. A avaliação inicial indica que a maioria das lavouras não sofreu prejuízos, exceto em algumas áreas de baixada, onde a intensidade das geadas foi maior e as plantas estavam em estágios reprodutivos. Uma análise mais detalhada de possíveis perdas será realizada, nos próximos dias, por meio de vistorias técnicas.
As lavouras de aveia branca implantadas mais precocemente encontram-se nas fases de espigamento, floração e enchimento de grãos. A Emater/RS-Ascar estima área cultivada para a produção de grãos de 365.590 hectares, e a produtividade em 2.402 kg/ha.
As lavouras de canola implantadas mais precocemente estão avançando para a fase de enchimento de grãos, e a floração está restrita às partes mais apicais do eixo principal. As lavouras estabelecidas mais tardiamente encontram-se no início da floração e inicia-se a formação de síliquas na base da ráquis.
Quanto à geada, ocorrida em 25/08, a qual não foi tão severa, há expectativa de que não tenha causado perdas significativas, uma vez que a cultura se encontra em fase inicial de floração. A Emater/RS-Ascar projeta 134.975 hectares cultivados no Estado, e a produtividade inicial está em 1.679 kg/ha.
O desenvolvimento da cevada é considerado satisfatório, e os produtores dedicam-se ao monitoramento de pragas e principalmente doenças foliares, considerando a alta umidade relativa do ar. A projeção de cultivo é de 34.429 hectares, e a produtividade de 3.245 kg/ha.
Olerícolas
Na região de Ijuí, as olerícolas apresentam desenvolvimento rápido, emitindo folhas sadias e grandes. Os cultivos de campo, como beterraba e cenoura, apresentam melhora significativa em relação ao crescimento das plantas e à formação das raízes tuberosas com qualidade e porte grande. As brássicas também apresentaram maior desenvolvimento das folhas. Nos cultivos de cucurbitáceas, inicia-se a semeadura e/ou transplantio de abóbora. Os produtores realizam o preparo das áreas para o plantio das manivas de mandioca, que se encontra em atraso nesta safra, mas sem comprometer novas áreas.
Na região de Santa Maria, a maior oferta de hortaliças no município de Santa Maria ainda provém de cultivos hidropônicos, pois as áreas de cultivo tradicional, fortemente atingidas pelas enchentes, estão sendo recuperadas. A sequência de dias com temperaturas mais baixas favoreceu o cultivo de rúcula.
Frutícolas
Na região de Ijuí, as geadas não afetaram a cultura de pêssego até o momento; há boa emissão de folhas e desenvolvimento de frutos. A cultura de uva está em início da emissão das brotações. Os produtores intensificaram o preparo das áreas para a semeadura de melancia e melão. Os preços médios das frutas são: bergamota e laranja, R$ 2,50/kg, e morango R$ 32,00/kg.
Na região de Pelotas a colheita está se intensificando nas áreas implantadas neste ano, apesar do atraso para a chegada de mudas e no desenvolvimento das plantas em função das condições climáticas adversas. Os preços têm oscilado entre R$ 25,00 e R$ 50,00/kg. Em Arroio do Padre, o preço médio é de R$ 25,00/kg. No município de Pelotas, varia entre R$ 25,00 e R$ 35,00/kg e, em Rio Grande, de R$ 30,00 a R$ 50,00/kg.
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