Máquinas e Inovações Agrícolas

Profissionalização é defendida como saída para proteção do meio ambiente

Para Costa Neto, os produtores rurais são os que mais saem perdendo com os incêndios

De acordo com professor da ESPM Porto Alegre, empresas do setor bem administradas entendem que é preciso aliar produção e preservação

Os incêndios no Pantanal e na Amazônia acima das médias históricas não provocaram danos somente na imagem internacional do governo brasileiro: o agronegócio tem sido retratado como o vilão no avanço das queimadas sobre áreas de preservação permanente. “O agronegócio é o setor econômico que mais depende do meio ambiente preservado. Como está evidente, os incêndios trazem somente prejuízos aos produtores. As queimadas destroem a fauna, a flora, e também os negócios”, afirma Ernani Carvalho da Costa Neto, coordenador do Núcleo de Agronegócio da ESPM. “Os produtores rurais são os que mais saem perdendo.”

Além de aumentar a mobilização de esforços para combater os incêndios, reforçar a fiscalização contra crimes ambientais e a adotar mudanças estruturais na situação fundiária desfavorável nas regiões atingidas, Ernani aponta mais duas saídas para a atual crise de imagem externa do setor: aumentar os investimentos em comunicação e marketing, com a mensagem central da adoção pelo agro brasileiro de tecnologia de ponta para aumento da produtividade e qualidade dos alimentos, e coordenar essa comunicação com todos os agentes das cadeias produtivas envolvidas. “Os produtores, juntamente com as empresas do setor, devem demonstrar e comunicar que podem produzir mais e com mais qualidade no mesmo espaço disponível. O agronegócio do Brasil vai continuar a crescer preservando o meio ambiente”, afirma.

Todas essas ações têm uma variável comum: a necessidade de ampliação da profissionalização do setor de forma integral. Para Costa Neto, o histórico e o legado de práticas ilegais como a grilagem são maiores do que se pensa em algumas regiões do país onde está presente o agronegócio. “A gestão profissionalizada de propriedades rurais assegura produção de alimentos e preservação ambiental. Uma propriedade bem gerida é aliada das autoridades em ações de proteção e prevenção de incêndios como os que temos testemunhado em áreas nativas”, diz.

Fonte: ESPM Porto Alegre
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