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Cultivo consorciado com mandioca e feijão traz boa produtividade

As produtividades obtidas no experimento superaram as médias nacionais de produção de mandioca e feijão

Cultivo consorciado de mandioca e feijão trouxe boa produtividade, mesmo durante período de estiagem – Foto: Liege Costa

O cultivo consorciado de feijão com mandioca, para potencializar a produtividade em propriedades rurais, foi tema de estudo conduzido pelo Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDPA/Seapi) no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Sementes (CESEM), em Júlio de Castilhos. Os resultados do trabalho foram publicados na circular técnica “Consórcio entre mandioca e feijão como incremento na agricultura familiar”, disponível gratuitamente para download.

Os sistemas de cultivo adotados no estudo utilizaram duas cultivares de mandioca, Fepagro RS 13 e Vassourinha, e duas cultivares de feijão, Fepagro Triunfo (tipo preto) e Fepagro Garapiá (tipo carioca). Com exceção da variedade Vassourinha, todas as demais foram desenvolvidas pelos programas de melhoramento genético do DDPA.

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As produtividades obtidas no experimento superaram as médias nacionais de produção de mandioca e feijão, mesmo com a estiagem observada em todo o Rio Grande do Sul na safra 2021/2022, período em que o estudo foi a campo.

“As vantagens do sistema consorciado incluem aumento na produtividade por unidade de área, proteção vegetativa do solo contra a erosão, controle das plantas daninhas, redução da incidência de pragas e doenças nas culturas consorciadas, além de diversificar as fontes de renda e oferecer diversidade de produtos para o agricultor”, enumera a pesquisadora Liege Camargo da Costa, uma das autoras da publicação.

De acordo com a pesquisadora, o consórcio com culturas leguminosas enriquece o solo. “Além disso, o cultivo de culturas de raízes curtas com outras de raízes profundas mantém a fertilidade do solo e a produtividade, interrompendo a transmissão de pragas e doenças específicas”, complementa.

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Os resultados demonstraram eficiência e estabilidade da produção na propriedade rural, além da otimização e aumento da produtividade por área. “É uma tecnologia ecologicamente correta, sustentável e com grande potencial para a agricultura familiar com impacto social”, finaliza Liege.

 

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