Queda acumulada do PIB do agro chega a 4,3% de janeiro a setembro

Redução do PIB do agro reflete sobretudo a forte alta dos custos com insumos no setor, tanto na agropecuária quanto nas agroindústrias, que tem superado os ganhos em valor bruto da produção

O Produto Interno Bruto  – PIB do agro brasileiro, calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), recuou novamente no terceiro trimestre de 2022, 2,08%.

Desse modo, a queda do PIB acumulada de janeiro a setembro do ano chegou a 4,28%). Como visto nos relatórios anteriores, essa redução do PIB reflete sobretudo a forte alta dos custos com insumos no setor, tanto na agropecuária quanto nas agroindústrias, que tem superado os ganhos em valor bruto da produção.

No terceiro trimestre do ano, diferentemente do trimestre anterior, os comportamentos foram opostos entre os ramos do agronegócio. No ramo agrícola, em que a pressão de custos tem se mostrado mais acentuada, o comportamento baixista observado ao longo do ano se manteve no trimestre de julho a setembro, com queda de 3,25% no PIB.

Essa queda refletiu também uma piora nos preços agrícolas ao longo do trimestre, na comparação com os patamares de 2021. Houve reduções do PIB dentro da porteira (7,48%), na agroindústria (1,01%) e nos agrosserviços (3,15%).

Já o PIB do ramo pecuário cresceu no terceiro trimestre, 1,23%. Nesse caso, apenas o PIB dos insumos recuou (3,10%), com altas para a pecuária dentro da porteira (3,51%), para a agroindústria (0,16%) e para os agrosserviços (0,39%). Para o segmento primário pecuário, o bom resultado no trimestre refletiu especialmente o aumento da produção no terceiro trimestre.

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