Safra de grãos 2020/2021 deve totalizar 264,8 mi de toneladas

 

A safra brasileira de grãos 2020/2021 deve totalizar 264,8 milhões de toneladas, alta de 3% em relação às 256,94 milhões de toneladas colhidas no ciclo anterior e volume recorde. O dado faz parte do 4º Levantamento da Safra de Grãos, divulgado nesta quarta-feira, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em relação ao relatório anterior, que apontava produção de 265,87 milhões de toneladas, há leve queda de 0,4%.

Com um aumento de área em 3,4%, a produção de soja na safra 2020/21, deve ser novamente destaque, podendo chegar a 133,7 milhões de toneladas no País. A oleaginosa é a principal cultura cultivada e representa cerca de 50% da colheita de grãos no Brasil, estimada em 264,8 milhões de toneladas. O boletim ainda revela que a produção total deve registrar um crescimento de 7,9 milhões de toneladas se comparado com a safra 2019/20, quando a colheita foi de 256,94.

A colheita da oleaginosa já teve início em Mato Grosso, conforme foi divulgado pela Companhia no Progresso de Safra desta semana. Principal estado produtor de soja, a produção poderá chegar a 35,43 milhões de toneladas, com uma ligeira queda com o estimado na safra anterior, mesmo com a expectativa de aumento na área plantada. O resultado é reflexo da estimativa de menor produtividade, uma vez que as condições climáticas de 2019 não se repetiram até então.

Outro grão de destaque é o milho. Com produção total estimada em 102,3 milhões de toneladas, a primeira safra do cereal deve apresentar uma queda de 6,9%. As condições climáticas desfavoráveis no momento do cultivo da primeira safra influenciaram a produtividade, principalmente no Sul do país. No Rio Grande do Sul, a diminuição neste índice foi estimada em 11%. Com isso, a produção tende a ser 9,3% menor. Em Santa Catarina, os percentuais de queda na produtividade e na colheita da primeira safra são ainda maiores, chegando a 14% e 12,7% respectivamente. Em ambos os estados, a área destinada ao plantio do grão deve crescer, o que reduz um pouco a queda no volume de produção.

No caso do arroz, o aumento de área foi menor do que o esperado, principalmente pelo fato de as chuvas não abastecerem satisfatoriamente as barragens que fornecem água para as lavouras irrigadas na região Sul. Além do menor aumento de área, as condições climáticas também impactaram a produtividade. Assim, a produção deve atingir 10,9 milhões de toneladas, queda de 2,5% em comparação com a safra anterior.

Oferta e demanda

Segundo o levantamento, houve uma revisão da periodicidade e metodologia do quadro de oferta e demanda de arroz. A Conab alterou a janela de análise anual de cada safra, passando do período de março a fevereiro para janeiro a dezembro.
Esta mudança já era solicitada pelo setor e visa trazer maior transparência e precisão nas estimativas de estoques, uma vez que, ao estimar o estoque de passagem em fevereiro, era preciso desconsiderar o produto novo colhido nos primeiros meses do ano. Isto gerava dificuldade na extração de tal informação, além de poder levar a uma interpretação equivocada do quadro de suprimento, em vista que o estoque físico real, ao final de fevereiro, é sempre maior do que o publicado como estoque de passagem.

Com esta mudança, o estoque físico real, ao final de dezembro, será igual ao publicado como estoque de passagem no fim do mesmo mês, pois a colheita do arroz inicia-se apenas em janeiro de cada ano.

Deixe um comentário

Leia mais

Empresas parceiras do jornalismo agrícola de qualidade

O Portal Máquinas Agrícolas é uma plataforma integrada de informação, conhecimento e serviços sobre mecanização e inovações agrícolas.

 

Rua Félix de Sousa, 305
04612-080 – São Paulo – Brasil
Telefone: +55 (11) 5042-5260

Newsletter

LOCALIZAR NOTÍCIA NO PORTAL

© BMComm | Portal Máquinas Agrícolas  ::: Site desenvolvido por Código 1 TI