Há 35 anos chegava ao mercado a primeira colhedora de café do mundo, a K3. O produto brasileiro, resultado da parceria entre a empresa Máquinas Agrícolas Jacto, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e o Instituto Brasileiro de Café (IBC), deu início ao que hoje é considerado vital para a sustentabilidade da cafeicultura do nosso país: a colheita mecanizada. O projeto começou na década de 1970. Em 1974, foi lançado o primeiro derriçador para a fase inicial da colheita, e, no ano seguinte, tiveram início os testes com a primeira versão da colhedora (a K1), acionada por trator e que balizou os aperfeiçoamentos no segundo protótipo (K2), em 1977. Finalmente, em 1979, chegou ao mercado o inovador produto, a K3. Para se ter uma ideia do impacto do lançamento, ainda hoje a colheita manual representa elevado custo para a cultura do café, podendo corresponder a até 63% do total. Foi somente na década de 1990, quase 15 anos após o lançamento da colhedora, que o setor começaria a sofrer, de forma crônica, a carência de mão de obra. Hoje, a K3 está na sua sexta versão, acompanhando as necessidades dos produtores quanto a produtividade e qualidade do café colhido. Além da K3 (colhedora automotriz), a Jacto também oferece os modelos KTR (tracionados). A versão KTR 3500, lançada no ano passado, foi projetada com reservatório de café com capacidade efetiva de 1.800 litros. Esse item, associado ao sistema de descarga on the go, permite dar continuidade à colheita mesmo quando o reservatório está cheio, pois possibilita a descarga simultânea.
O nível de tecnologia embarcada também é crescente. A Uniport 3000 NPK, a propósito, é dotada do sensor de refletância GS 6200, da linha Otmis. Partindo do princípio de que a coloração das folhas é alterada pela deficiência de nitrogênio, o dispositivo ajuda a indicar a fertilização ideal a partir da captação de certos comprimentos de ondas de luz. As informações obtidas são processadas para determinar a taxa variável de aplicação, considerando algoritmos desenvolvidos pela Jacto e parceiros como a Esalq/USP, especificamente para a cultura da cana-de-açúcar. Na linha de pulverizadores, o último lançamento foi o Uniport 3030, cujas características contemplam um exclusivo sistema de telemetria, barras com a altura de trabalho de até 2,70 m, chassi com material de alta resistência e flexibilidade, bitola ajustável para facilitar deslocamentos, além de controle eletrônico de vazão e sistema de GPS, para indicar ao operador a direção ideal a seguir na lavoura, entre outros diferenciais que propiciam melhor qualidade de aplicação e evitam falhas e sobreposições na aplicação.
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