O agronegócio tem um papel importante para o desenvolvimento do Brasil, tanto do ponto de vista econômico quanto social. No entanto, é um dos segmentos mais afetados pela ineficiente infraestrutura de comunicação do País. Para contornar o problema, empresas como a multinacional sueca Hexagon tentam driblar a falta de conectividade e garantir a eficiência de suas soluções digitais. A divisão de Agricultura da empresa, sediada em Florianópolis, desenvolveu um sistema autônomo de coleta de dados máquina a máquina em seus computadores de bordo. Em um caso específico, a colhedora de cana transmite dados para o trator que, por sua vez, transmite para o caminhão que levará a matéria-prima até a usina, onde há internet e os dados poderão ser descarregados e analisados.
“Dessa forma conseguimos fazer o controle dos processo, alguns em tempo real, outros com atraso de meia ou 1 hora. O objetivo não é resolver completamente o problema de conectividade, mas ao menos viabilizar a entrega da nossa tecnologia”, explica Adriano Naspolini, CTO da divisão de Agricultura da Hexagon. Segundo o executivo, a falta de conectividade no campo é o maior obstáculo para a transformação digital na agricultura. Sem cobertura de internet não é possível transmitir em tempo real os dados captados por sistemas tecnológicos. Como em qualquer negócio, na agricultura, a gestão de dados é fundamental para aumentar a produtividade e a lucratividade do negócio. A partir da análise desses dados é possível corrigir problemas no cultivo, na colheita ou mesmo na logística de transporte da matéria-prima.
Recentemente, a São Martinho, uma das maiores usinas de cana-de-açúcar do Brasil, adquiriu o HxGN AgrOn Monitoramento de Máquinas e integrados ao sistema, 1.700 displays Ti7 que englobam um conjunto de hardware, softwares e sensores que, instalados em tratores e colhedoras , fazem a automação de todas as etapas das operações agrícolas. “Os displays coletam dados dos processos e os transformam em informações relevantes para tomada de decisões”, destaca Bernardo de Castro, presidente da divisão de Agricultura da Hexagon.
Fonte: Hexagon/Assessoria