Máquinas e Inovações Agrícolas

Workshop de nanotecnologia da Embrapa está com inscrições abertas

A nona edição do Workshop de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio está com inscrições abertas, gratuitamente, inclusive para submissões de trabalho, até 15 de setembro. Os interessados deverão acessar o endereço www.embrapa.br/instrumentacao para obter as informações necessárias, tanto para as inscrições como para envio dos trabalhos científicos.

Depois de quatro anos, o evento volta a ser sediado na Embrapa Instrumentação (São Carlos – SP), em 21 e 22 de novembro. Durante o workshop serão celebrados os 10 anos da Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio (Rede AgroNano).

A proposta do workshop é contribuir para o desenvolvimento científico, tecnológico e a inovação no Brasil na área de nanotecnologia voltada à agricultura; além de promover a formação de recursos humanos, porque é um fórum multidisciplinar que discute o caráter transversal dos nanomateriais, suas aplicações e impactos na área agrícola, ambiental e social.

O evento deve apresentar os últimos avanços científicos e tecnológicos, bem como suas aplicações, impactos e aspectos de segurança  da nanotecnologia.

O público alvo do evento é constituído de alunos de graduação e pós-graduação, pós-doutores, professores e pesquisadores, e ainda, empreendedores e empresas privadas que tenham interesse em conhecer o trabalho da Rede AgroNano ou em aplicar a nanotecnologia nos seus produtos e processos.

A rede é coordenada pelo pesquisador da Embrapa Instrumentação, Caue Ribeiro. De acordo com ele, o workshop pretende ser também um catalisador para transferir as tecnologias geradas pela rede para o setor produtivo.

Durante os dois dias, a programação vai ser focada em sessões técnicas com apresentações orais de convidados – figuras de referência em nanotecnologia no País, de diferentes institutos e universidades – além de palestras representativas dos trabalhos da Rede AgroNano e pôsteres pelos congressistas.

Os temas que estarão em debate envolvem métodos e processos para aumento da escala de produção de nanoprodutos de interesse do agronegócio; desenvolvimento de sensores e biossensores nanoestruturados; processamento de filmes nanoestruturados para embalagens e conservação de alimentos; processos de imobilização de biomoléculas e funcionalização em nanopartículas.

Também constam na programação os temas sobre tecnologias de micro e nanoencapsulação de princípios ativos; desenvolvimento de nanocompósitos a partir de fontes renováveis; novos materiais e processos em nanotecnologia e suas aplicações no agronegócio; cenários e avaliação dos riscos ambientais e sociais dos nanocompostos; avaliação de segurança de nanoprodutos e avaliação da percepção do consumidor em relação à nanotecnologia.

Rede AgroNano

A Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio (AgroNano),  que completa 10 anos  em 2017, agrega um grande número de competências em áreas transversais e de aplicação direta no agronegócio – agrônomos, veterinários, cientistas de alimentos.

A Rede gerou o primeiro grupo de usuários capacitados do Laboratório Nacional de Nanotecnologia aplicado ao Agronegócio (LNNA), inaugurado em 2009 e sediado na Embrapa Instrumentação, que atua com o desenvolvimento de pesquisas na área desde 1997. Atualmente estão envolvidos na Rede 158 pesquisadores de 51 instituições, sendo 16 unidades da Embrapa e 35 grupos de pesquisas de centros acadêmicos de excelência no país.

Em 10 anos de existência, diversas pesquisas com aplicação direta pelo produtor ou pela indústria já foram desenvolvidas, sendo que algumas já estão em fase de produção comercial e em testes de campo, enquanto diversas outras estão em estágio final de desenvolvimento.

Ribeiro lembra que recentemente trabalhos em liberação controlada de insumos para uso na agricultura, que evitam perdas e maximizam a eficiência de uso de fertilizantes e medicamentos veterinários foram absorvidos por empresas privadas e estão em processo de lançamento no mercado. “Outras tecnologias, como filmes comestíveis para embalagens, desenvolvidos à base de diferentes alimentos como espinafre, mamão, goiaba, tomate, já estão em parceria com indústrias visando breve inserção no mercado”, diz.

Destacam-se ainda o desenvolvimento de plásticos biodegradáveis usando substâncias naturais provenientes da agricultura e da agroindústria brasileira, que podem ser usados em embalagens de produtos alimentícios; sensores inteligentes para avaliação de líquidos em relação ao sabor e a qualidade, como água, vinho e café; entre outros produtos e processos em fase de finalização.

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