Saiba o que considerar no momento de escolher o trator ideal para sua propriedade, seja na compra ou aluguel desse tipo de equipamento
Até porque, a escolha errada pode resultar em solo compactado. Além de maquinário ocioso, aumento de custos com combustível, desgastes de componentes e consequente diminuição da produtividade.
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O que considerar para escolher o trator ideal
1 – Tamanho da fazenda
Entre os problemas mais comuns na hora de escolher o trator ideal estão o subdimensionamento ou superdimensionamento da extensão de área cultivada.
Faça uma análise criteriosa para não cometer esse tipo de erro. Se possível, convide uma equipe técnica para a medição exata do número de hectares. Isso porque o dimensionamento correto da fazenda oferece diversas respostas sobre o trator que terá o melhor aproveitamento e rendimento na área.
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2 – Tipo de trabalho
O segundo passo é avaliar em quais tarefas o trator será usado com mais frequência. E cabe pensar tanto na etapa da produção (plantio, cultivo, colheita, transporte) quanto qual implemento será acoplado ao trator (arado, semeadora, pulverizador etc.).
Afinal, a partir dessa análise é possível saber a força de tração que ele precisará exercer para arrastar os implementos desejados sem causar danos ao solo.
3 – Potência
Para escolher o trator ideal, é bom saber também que a escolha da potência dos tratores depende principalmente do tipo de atividade realizada, das condições do terreno e da variedade de solo.
Os tratores de baixa potência (entre 55 e 100 cv) podem ser usados em diversas atividades. Eles são bastante econômicos no gasto de combustível e no custo de manutenção. Trata-se de uma boa opção para propriedades de até 30 hectares.
Já os tratores de média potência (entre 100 e 200 cv) realizam transmissões que duram mais tempo. São modelos que têm mais capacidade junto aos sistemas hidráulicos. São uma alternativa para o produtor que pretende usar implementos que exijam mais força.
Por fim, os tratores de alta potência (superior a 200 cv) são mais robustos. Eles possuem capacidade de operação durante longas e intensas jornadas de trabalho, especialmente em grandes áreas de extensão.
Como a aquisição desse tipo de equipamento acaba sendo mais alta, por conta da tecnologia de ponta embarcada, vale uma análise criteriosa sobre o investimento. Afinal, ele gasta mais combustível e seu custo de manutenção é maior.
4 – Tipo de motor
Em geral, os motores de um trator possuem componentes semelhantes a diversas máquinas agrícolas. Ou seja, possuem bomba injetora, bicos injetores, filtros de ar e de combustível, entre outros.
O grande diferencial na maioria dos tratores é o chassi do tipo monobloco. Isso significa que o motor é montado diretamente em outros sistemas, como embreagem, transmissão final, caixa de câmbio e eixo diferencial.
Essa estrutura unificada acaba sendo uma característica peculiar dos tratores. E é justamente essa peculiaridade a responsável por um layout robusto e simplificado, com elementos periféricos mais resistentes para suportar condições extremas.
Na hora de escolher, portanto, é necessário avaliar a potência bruta, os valores de torque, a potência efetiva e o nível de ruído emitido pelo motor.
5 – Marca e modelo
A variedade de marcas no mercado agrícola é grande. Entre as mais conhecidas no segmento de tratores é possível citar a John Deere, New Holland, Massey Ferguson, Valtra, Case e Agrale.
Como existem muitas montadoras que usam componentes de marcas já consolidadas, vale ficar de olho naquelas que são menos conhecidas, mas que também oferecem um bom custo-benefício.
Já em relação aos modelos, cada marca oferece equipamentos para diferentes funções. Na dúvida sobre modelos da mesma linha, opte por aqueles que contam com cabine. Eles proporcionam mais conforto ao operador e, consequentemente, impactam em sua produtividade.
6 – Preço
Há tratores para todo tipo de orçamento. A dica básica é nunca se deixar levar pelo mais barato. Opte por aquele que realmente atenda às necessidades da fazenda e ofereça um bom custo-benefício.
Por exemplo: uma máquina com potência inferior pode ser atrativa no momento da compra por ser mais em conta, mas isso pode acarretar manutenções mais frequentes, desempenho inadequado e frustração das expectativas do produtor.
7 – Manutenção
Para que o trator tenha uma vida útil longa, a manutenção é fundamental. Por isso, escolha um modelo com peças disponíveis no mercado para reposição.
Além disso, certifique-se de que a concessionária presta apoio de forma ágil e tenha unidades de assistência técnica próximas à propriedade. Afinal, o deslocamento do trator para longas distâncias gera impactos diretos na produtividade da fazenda.
Outro ponto de atenção é com os tratores equipados com ferramentas de agricultura de precisão e demais tecnologias de ponta. Ao adquirir modelos desse tipo, tenha em mente que a calibração incorreta dos dispositivos pode gerar dados que não condizem com a realidade. A correta manutenção é ainda mais indispensável.
8 – Garantia
Procure saber o prazo de garantia oferecido pelas concessionárias. Afinal, todos os tratores, até mesmo usados, são vendidos com garantia – o que varia é a duração do período de cobertura. Geralmente, isso é até usado como diferencial por algumas marcas e cabe como argumento na hora de negociar e fechar uma compra ou aluguel.
Mas tome cuidado: essa proteção não é absoluta. Vale prestar atenção às exigências da garantia, como o uso de peças previamente autorizadas, para que o benefício não seja cancelado.
Por fim, todos esses fatores listados acima implicam diretamente na vida útil de uma máquina agrícola. Portanto, a recomendação principal para escolher o trator ideal é analisar muito bem as especificações técnicas dos equipamentos em paralelo a todas as necessidades da fazenda.