A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou em janeiro os indicadores econômicos de 2018 e as projeções e expectativas para 2019. Segundo a entidade, após 5 anos de queda na receita do setor de máquinas agrícolas, com um encolhimento de 47% nesse período, o último ano fechou com um crescimento de 7% em relação a 2017. Mesmo com resultado positivo, a Associação indica que houve uma desaceleração nas atividades produtivas. A comparação entre dezembro de 2017 e o mesmo mês de 2018 sinaliza um encolhimento de 0,8%.
Vendas
Em relação às vendas, dezembro passado contrariou as expectativas e recuou para R$ 5,8 bilhões, valor ligeiramente menor do que o de 2017. Ainda segundo a Abimaq, o número é 46% abaixo do resultado observado no período pré-crise, quando a indústria vendeu R$ 11 bi.
O setor registrou fortes oscilações nas exportações, mas manteve um volume de vendas bem acima do de 2017, fechando o ano de 2018 com um crescimento de 7,1%. O bom crescimento foi puxado pelos fabricantes de maquinas para petróleo e gás e energia sustentável, 43%; bens e capitais, 12% e construção civil, 7,8%.
Os principais destino das vendas foram o Estados Unidos e a Europa, que respondem por 46%, seguidos pela America Latina, com 37,2%.
As exportações para América Latina e Mercosul registraram queda de 8,6% e 18,2%, respectivamente, influenciadas principalmente pela redução das compras realizadas pela Argentina, principal parceiro econômico do Brasil no bloco. As vendas para a Argentina ficaram abaixo dos 30,6% registrados em 2017.
Importações
As importações tiveram um bom desempenho em 2018 e cresceram 14,6%, mesmo com encolhimento nos últimos anos. As máquinas agrícolas representam 36,5% da participação de mercado no acumulado. China (18,7%), Estados Unidos (17,4%) e Alemanha (15,5%) são os principais países de origem das máquinas importadas.