Biomonitoramento do solo é primeiro passo para agricultura regenerativa

A agricultura regenerativa propõe-se a melhorar a saúde do solo e promover a biodiversidade, restabelecendo o equilíbrio do sistema agrícola

O biomonitoramento do solo, que avalia os organismos vivos que prejudicam ou favorecem a produtividade de um determinado cultivo, é a primeira ação para o produtor que deseja adotar a agricultura regenerativa.

A startup Biome4All, especializada em análise genética dos micro-organismos do solo, realiza o biomonitoramento de áreas com contraste de produtividade, mapeia indicadores de saúde do solo e realiza sugestão de manejos biológicos para aumento do potencial produtivo.

Os sistemas agrícolas regenerativos propõem-se a melhorar a saúde do solo e promover a biodiversidade, restabelecendo o equilíbrio do sistema agrícola e sequestrando carbono ao mesmo tempo que produzem alimentos de forma lucrativa.

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Segundo Leonardo Gomes, CEO da Biome4all, o objetivo dessa tecnologia é construir uma jornada para melhorar a saúde do solo atingir o melhor potencial produtivo.

“O biomonitoramento oferece um pacote de ações aplicadas, que inclui conclusões técnicas sobre a saúde do solo, estratégias de manejo, a cesta de produtos biológicos disponíveis para atacar as principais deficiências encontradas, bioindicadores de saúde e de produtividade. Dentro de diagnostico, é importante destacar que identificamos também quais funções do solo que podem estar deficientes em áreas de menor produtividade.”

Em relação ao tratamento, com base nas deficiências identificadas, será possível realizar sugestões de produtos biológicos para as áreas de menor produtividade da fazenda e também correções de manejo, baseadas em princípios de agricultura regenerativa. “Esse direcionamento de melhorar atributos relacionados a microbiologia do solo é uma demanda que já existe na agricultura brasileira.”

A ferramenta de biomonitoramento é aplicada em quatro ciclos produtivos, baseados nos indicadores chave da saúde do solo que são:

  • Sustentável – maior fertilidade, menor uso de insumos, redução de emissão de CO²
  • Supressivo – menor incidência de doenças e de aplicação de defensivos
  • Resiliente – produz mesmo diante de estresses abióticos como seca, salinidade, etc.

Isso porque que a saúde do solo é uma construção, então é preciso monitorar o solo das áreas anualmente, checando esses indicadores chave durante os ciclos.

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Estudo feito pela startup, comparando a microbiologia do solo de áreas de alta e de baixa produtividade de soja no estado de Goiás, com 38 amostras coletadas em propriedades que tiveram de 60 a 95 sacas/ha, identificou maior potencial em uma funcionalidade microbiana e também maior frequência de duas bactérias nas áreas, em comparação com as de baixas produtividade.

“Com esse e outros resultados em mãos, indicamos as melhores estratégias para que as áreas cheguem ao seu melhor potencial produtivo, de forma mais rentável e em sinergia com o meio ambiente”, explica Gomes.

 

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