Palestras fazem parte da programação do estande do Sistema CNA/Senar na Expointer
Caminhos para a exportação, registro de tratores, mercado de carbono, regularização fundiária, comunicação e tecnologias de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Esses foram os temas debatidos no estande do Sistema CNA/Senar, na quarta (31), durante a Expointer 2022, em Esteio (RS).
A primeira palestra do dia foi sobre o projeto Agro.BR. A assessora de Relações Internacionais da CNA Rita Padilha apresentou todos os serviços que a iniciativa oferece para os pequenos e médios produtores que têm interesse em começar a exportar, como as rodadas de negócio, o programa de Aterrissagem, capacitações, missões internacionais e o apoio dos escritórios estaduais e internacionais.
Gabriela Bennett Bragança, de São Gabriel (RS), assistiu a palestra e disse que ainda não conhecia esse tipo de trabalho da CNA. “Achei muito interessante, inclusive pretendo conversar com as pessoas da minha região e levar essa informação que ainda não chegou lá. É muito importante ver os depoimentos de quem está dentro do projeto e gosta de fazer parte”.
Em seguida, o coordenador administrativo do Instituto CNA, Carlos Ribeiro, falou sobre o Registro Nacional de Tratores e Máquinas Agrícolas (Renagro) e a importância do produtor rural formalizar a documentação de máquinas e equipamentos a partir do dia 30 de setembro.
O registro poderá ser feito por meio do ID Agro Máquinas, plataforma desenvolvida pelo Instituto CNA em parceria com o Ministério da Agricultura (Mapa). O aplicativo ID Agro está disponível para download nos sistemas Android e iOS. Para mais informações e consultas, acesse https://www.idagro.com.br/.
Em sua palestra, o coordenador de Sustentabilidade da CNA, Nelson Ananias, destacou as oportunidades do mercado de carbono para o setor agropecuário. Segundo ele, é um instrumento que auxilia o país a cumprir as metas ambientais estabelecidas na Conferência do Clima e, ainda, reconhece as ações que o produtor rural já vem fazendo no campo, como o plantio de florestas e o uso de tecnologias ABC.
Para a Andreia Brondani, de Cacequi (RS), o produtor rural é quem mais se preocupa em cuidar do meio ambiente e tem interesse em entrar no mercado de carbono. “O Brasil produz cada vez mais no mesmo território, então estamos trabalhando corretamente para aumentar a produtividade na mesma área”.
À tarde, a produtora rural e influencer digital Camila Telles falou da sua trajetória profissional e mostrou a importância das redes sociais como fonte de informação e para a imagem do setor. “O agro precisa estar em todos os lugares”.
Já o assessor técnico da CNA José Henrique Pereira apresentou a Plataforma de Governança Territorial (PGT) do Incra e os principais serviços que podem ser acessados. Nesse contexto, Pereira destacou a importância da regularização fundiária para valorizar o patrimônio do produtor, promover a segurança jurídica, dar transparência necessária para a atividade rural e possibilitar o acesso do produtor a políticas públicas governamentais, como o crédito e o seguro rural.
O ciclo de palestras do dia foi encerrado com a apresentação do assessor técnico do Senar Rafael Costa sobre o trabalho de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) com adoção de tecnologias ABC. Ele afirmou que um bom caminho da transição para uma economia de baixo carbono é buscar representatividade, participar de programas de assistência técnica e capacitações e adotar práticas gerenciais para conhecer o negócio.
“Aprendi muito com a palestra. Acho que esse tema deveria ser obrigatório nas escola. As nossas crianças tinham que ter contato com tudo isso. É uma palestra tão curta, mas que acrescenta tanto e pode até despertar nas crianças e nos jovens um mundo novo”, disse Thais Tatini, de São Paulo, que assistiu à apresentação.