A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Ministério da Agricultura e entidades representativas do setor de frutas se reuniram, na quinta (10), para discutir a retomada das ações do Plano Nacional de Desenvolvimento da Fruticultura (PNDF), lançado em 2018.
O tema foi tratado em reunião conjunta da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA e da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Fruticultura do Mapa. O documento foi desenvolvido para ser utilizado como ferramenta de apoio para o governo na construção de políticas públicas, a partir da indicação de objetivos estratégicos para o desenvolvimento do setor.
No plano, foram definidos dez temas prioritários, como defesa vegetal, governança da cadeia produtiva, marketing e comercialização, infraestrutura e logística, marco regulatório e pesquisa e desenvolvimento e inovação.
O presidente dos dois colegiados, Luiz Roberto Barcelos, afirmou que a iniciativa foi traçada também com intuito de estimular o consumo de frutas no mercado interno e aumentar as exportações do setor.
“A fruticultura brasileira viverá um novo momento com a retomada da discussão do PNDF. Com ele, esperamos resolver os gargalos do dia a dia do produtor e ampliar a competitividade da cadeia produtiva de frutas frescas e derivados”, disse.
O assessor da Secretaria Executiva do Mapa, Luiz Eduardo Rangel, explicou que o PNDF não é um plano de governo, mas do setor privado, construído em sinergia com o governo, e que inclui metas de médio e longo prazo da fruticultura brasileira até 2028. “O Plano foi lançado em 2018 e neste momento precisamos fazer uma releitura do texto e do setor e readequar à nova realidade”.
Rangel apresentou alguns resultados dos temas prioritários até o momento, que indicam a alteração de cenário. De 2017 a 2021, por exemplo, foram abertos nove mercados para as frutas brasileiras, com destaque para manga (Peru), melão (China) e maçã (Colômbia).
Outro assunto discutido na reunião foi a criação de um Fundo para o Desenvolvimento da Fruticultura. Segundo Luiz Roberto Barcelos, o objetivo de desenvolver um fundo é dar segurança financeira ao setor e estimular o consumo de frutas no país, que ainda é considerado baixo.
“A nossa preocupação é com o orçamento disponível do governo. Precisamos garantir recursos para a fruticultura, principalmente para combater pragas e doenças e estimular o consumo no mercado interno. Mas para isso precisamos de um arcabouço jurídico e criar um grupo de trabalho para construção do fundo, com participação ativa do setor privado”, destacou.