O montante do desembolso do crédito rural no Plano Safra 2023/2024 alcançou a marca inédita de R$ 400,7 bilhões, no período de julho/2023 até junho/2024, ou seja ano safra. Um aumento de 12% em relação a igual período da safra passada. Segundo a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), essa é a primeira vez que a agricultura empresarial e familiar juntas chegam à marca de R$ 400 bilhões.
Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 219,8 bilhões. Já as contratações das linhas de investimentos totalizaram R$ 98 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 51,7 bilhões e, as de industrialização, R$ 31,2 bilhões.
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Foram realizados 2.210.030 contratos no período de doze meses do ano agrícola, sendo 1.681.064 no Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e 187.212 no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural). Os valores concedidos aos pequenos e médios produtores em todas as finalidades (custeio, investimento, comercialização e industrialização) foram, respectivamente, de R$ 59,6 bilhões no Pronaf e, de R$ 49,6 bilhões no Pronamp.
Os demais produtores formalizaram 341.754 contratos, correspondendo a R$ 291 bilhões de financiamentos liberados pelas instituições financeiras.
O total de R$ 400,7 bilhões corresponde a 92% do montante que foi programado para a atual safra para todos os produtores (pequenos, médios e grandes), que era de R$ 435,8 bilhões. Na agropecuária empresarial (médios e grandes produtores rurais), a aplicação do crédito rural atingiu R$ 341,1 bilhões de julho a maio, correspondendo a uma alta de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse valor significa 93% do total programado pelo governo, de R$ 364,2 bilhões.
Investimento
Nos financiamentos agropecuários para investimento, o Pronamp alcançou R$ 4,5 bilhões, alta de 81%. E os financiamentos para o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) tiveram contratações da ordem de R$ 7,5 bilhões, significando um aumento de 22% em relação a igual período na safra anterior.
Em relação às fontes de recursos do crédito rural, a participação dos recursos livres equalizáveis atingiu R$ 12,4 bilhões, significando um aumento de 128% em relação a igual período da safra anterior.
A SPA destaca, ainda, a contribuição das fontes não controladas para o funding do crédito rural: a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA Livre), que respondeu a 46% do total das aplicações da agricultura empresarial, nos doze meses da safra atual, se situando em R$ 158 bilhões, observou um aumento de 69% em relação a igual período da safra passada, quando essa fonte representou 31% (R$ 93 bilhões) do total das aplicações da agricultura empresarial.
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