Com a busca por maior produtividade e eficiência no campo, a adequação precisa dos tratores e implementos às condições de trabalho e às demandas específicas de cada operação pode resultar em ganhos significativos de desempenho, redução de custos e aumento da rentabilidade.
“Quando falamos de adequação, estamos nos referindo a um processo que envolve ajustes precisos, capazes de impactar diretamente o desempenho operacional e o consumo de combustível, um dos principais custos das operações agrícolas”, explica Douglas Rocha, Coordenador Técnico Prime da AGCO.
Segundo Rocha, um erro na escolha ou na configuração do trator pode comprometer toda a operação. “O peso do trator, a distribuição correta dos pesos entre os eixos, a calibragem dos pneus e a velocidade adequada para cada tipo de implemento, as condições de solo e relevo, são fatores que precisam ser considerados para que o conjunto trator-implemento opere com máxima eficiência”, detalha.
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Ao adquirir um equipamento agrícola, o produtor rural se depara com diversas opções de regulagens, todas explicadas no manual do operador, mas muitos desconhecem a importância dessas regulagens ou alterações. Um exemplo é adequação do peso do trator e distribuição entre os eixos dianteiros e traseiros.
“A dúvida sobre quando adicionar ou retirar pesos, ou se a velocidade está correta, é comum entre os produtores. No entanto, esses ajustes são fundamentais para evitar desperdícios de combustível e garantir que o trator opere em sua capacidade máxima”, afirma o especialista.
A relação peso/potência é outro aspecto que deve ser cuidadosamente calculado. Para operações leves, a recomendação é que o peso do trator seja equivalente a 50 kg/cv em sua operação considerando o índice de patinagem do veículo trator. Em operações de média e alta intensidade, esse fator deve ser ajustado para 55 e 60 kg/cv, respectivamente. “Esses cálculos podem parecer complexos, mas são essenciais para garantir que o trator tenha o desempenho esperado, sem sobrecargas ou subutilização”, acrescenta.
Conhecer o solo em que o trator operará é essencial para uma adequação eficiente. Cada tipo de solo exige um ajuste específico, que pode variar conforme a umidade, a inclinação e a vegetação local. “Se o trator for configurado para uma potência acima da necessária, o produtor gastará mais do que o necessário no investimento inicial. Por outro lado, se a potência for insuficiente, a máquina não conseguirá realizar a tarefa, causando perdas de eficiência, menor rendimento operacional e maiores custos por área trabalhada”, destaca o especialista.
Além dos aspectos técnicos, a ergonomia e o conforto do operador são elementos que devem ser considerados para aumento da produtividade. “Um operador que trabalha em um ambiente confortável, com controles de fácil acesso e informações claras, tende a ser mais produtivo e cometer menos erros”, aponta o especialista.
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