Congresso Brasileiro do Algodão debate a evolução da colheita da fibra

O 14º Congresso Brasileiro do Algodão (CBA) promoveu um debate sobre a evolução da colheita e do beneficiamento e seu impacto na qualidade da fibra nesta quarta-feira (4). Sob a coordenação do sócio-diretor da Cotimes do Brasil, Jean-Luc D. Chanselme, o encontro contou com a participação do engenheiro agrícola Paulo Otávio, que discutiu as características das fibras de importância comercial e os potenciais impactos dos processos de colheita e beneficiamento, e do engenheiro mecânico Jonas Nobre, que abordou a evolução das práticas de colheita mecânica.

Paulo Otávio ressaltou o impacto do clima na colheita do algodão. “Há uma perda de cor e brilho após uma sequência de chuvas. Por isso, é importante proteger o produto. Existem estratégias como o uso de lonas e a colocação da colheita em lugares mais altos para proteger da água”, explicou.

Chanselme destacou em sua apresentação uma tendência observada no país de colheitas mais úmidas, por serem realizadas fora do horário recomendado, e a necessidade de lidar com essa questão. “A secagem e a pré-limpeza têm efeitos mútuos cumulativos. São etapas fundamentais para a produtividade e a qualidade do algodão”, enfatizou.

Fabricantes equilibram leis e demandas do mercado na produção de motores

Especialista em comercialização de algodão, Jonas Nobre abordou temas como produção e consumo, critérios de classificação, ágios e deságios, e impacto econômico. Ele chamou a atenção para o fato de que as regras para venda nos mercados internacionais estão cada vez mais rígidas.

“A tendência é que a análise visual da fibra seja substituída por máquinas calibradas com base no algodão americano. Isso pode representar perdas para os produtores brasileiros. Precisamos estar atentos a isso e investir na qualidade do nosso produto”.

 

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