COP27 busca vontade política para conter crise climática

Secretário-geral pede maior empenho internacional e cumprimento do Acordo de Paris

A 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, COP27, começou neste domingo (6) em Sharm el-Sheikh, no Egito. Ao lado de 90 chefes de Estado e governo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, deve pedir pelo aumento da vontade política para atuar diante das alterações do clima.

Segundo a “ONU News”, outra questão a ser levantada é a proposta de um pacto, no qual os países desenvolvidos cumpram os compromissos assumidos no Acordo de Paris e façam um esforço adicional para reduzir as emissões, em linha com a meta de 1,5º C.

Pobreza

As Nações Unidas terão um pavilhão para acolher eventos com foco em financiamento climático, na implementação de Contribuições Nacionalmente Determinadas e na transição energética. O Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, destacará ainda suas ações no Dia da Energia, em 15 de novembro.

COP27

O foco da celebração é o lançamento de uma iniciativa sobre a ampliação do potencial de mini-redes energéticas africanas para preencher a lacuna da pobreza e fornecer acesso mais amplo aos milhões de pessoas ainda desconectados da rede principal.

As Nações Unidas estarão representadas no evento por chefes de agência e diretores dos Escritórios Regionais.

Antes da abertura do evento, um grupo de 40 especialistas independentes da ONU* assinou uma petição aos Estados para “que integrem plenamente os padrões e princípios de direitos humanos” na reunião.

Coerência

Os especialistas lembram que na adoção do Acordo de Paris, em 2015, os países se comprometeram a respeitar os direitos humanos em todas as ações climáticas. No entanto, eles apontam ter havido pouco progresso.

Os mais afetados pela situação são grupos marginalizados, e o potencial é de “um impacto cataclísmico no futuro, a menos que ações ambiciosas sejam tomadas imediatamente”.

Para o grupo de relatores, os resultados da COP27 são de importância crítica. O apelo feito aos países é que se certifiquem de que todas as decisões e ações tomadas considerem suas implicações nos direitos humanos, o que levará a formular políticas sobre as mudanças climáticas.

A estância balnear egípcia deverá acolher 30 mil participantes entre representantes de governos, empresas, ONGs e grupos da sociedade civil.

O debate sobre soluções será introduzido pela primeira vez na série de temas previstos, incluindo finanças, ciência, juventude e gerações futuras, descarbonização, adaptação e agricultura, gênero, água, sociedade civil e biodiversidade.

Fonte: Datagro

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