Produto reduz o tempo do processo de secagem do café, mantém a qualidade do grão e garante trazer maior produtividade ao cafeicultura
O novo sistema permite que a área de contato com o fruto seja semelhante a um terreiro e inicia a injeção de volume de ar. Esse ar vai passando pelo café, que está estático, dentro do secador, fazendo com que o fluxo passe em todas as partes e seque toda a massa com homogeneidade.
Além de permitir uma secagem uniforme, a agilidade com que o secador Cofee Dryer retira a umidade dos grãos e a leva para fora do secador, com a mesma rapidez, preserva a qualidade dos grãos. Cada equipamento tem capacidade para 20 mil litros/dia – em torno de 14 toneladas.
“Estamos trazendo para o mercado um novo conceito e velocidade, reduzindo o tempo de secagem e eliminando muitos problemas de secagem, como chuva, infestação de insetos e queima de matéria seca”, pondera Otalício Pacheco da Cunha, especialista em sistema de secagem de grãos e fundador da Dryeration. Os primeiros estudos para o desenvolvimento de uma secagem diferenciada começaram em 2001, em Minas Gerais. “É um tempo curto, visto que a história do café tem bem mais de 1500 anos”, acrescenta.
Mais produtividade com a secagem do café
A secagem mais rápida da nova tecnologia beneficia, especialmente, os cafeicultores que querem volume de seca, liberando mais cedo a lavoura para os tratos culturais, como poda e pulverização. Um atraso na colheita derruba o botão floral. Quando chega no meio do ciclo e a planta já começa a soltar os botões florais, é sinal de menor produção para a próxima safra, porque um botão floral (pinha) que cai é um fruto a menos que produz. Evitar essa perda é melhorar a produtividade, ao tornar possível retirar o fruto da planta no melhor estágio de maturação, o processo inovador agrega maior perspectiva de ganho de valor agregado.
Em um comparativo realizado em testes que secou a mesma quantidade de café (mil sacos) nos dois sistemas, os grãos que passaram pelo sistema convencional, entre 7 e 10 dias, tiveram 12,3% de queima de matéria seca. “Isso quer dizer que, com o Cofee Dryer, são exatamente 123 sacos a mais para o produtor”, complementa Otalício Pacheco da Cunha. A partir do mês de abril, toda essa tecnologia embarcada estará operando em um município da região Nordeste Paulista.