Trajetória. Os frutos que agora estão sendo colhidos resultam de uma extensa caminhada, iniciada em 1953, com instalações em Santo Amaro, na Zona Sul da capital paulista, onde até hoje mantém a sua sede. De lá para cá, no entanto, a empresa não parou de expandir as operações, com a criação de um Centro de Desenvolvimento – que atualmente ocupa um amplo terreno no bairro paulistano – e a inauguração de uma fábrica em São Bernardo do Campo (SP), no final dos anos 1950, mais tarde transferida para Canoas (RS), que segue em plena atividade.
Alguns momentos foram marcantes na história da companhia. Em meio à forte recessão econômica brasileira dos anos 1960, que atingiu fortemente o setor agrícola, a MWM introduzia os motores D-222, destinados a tratores de roda. Na década seguinte, iniciava a produção de motores para caminhões leves, que viria a ser um dos principais negócios. Nos anos 1990, enquanto o Brasil tentava se adaptar aos choques econômicos e muitas empresas se desdobravam para manter o equilíbrio, percebeu a necessidade de desenvolver novos motores, melhorar a qualidade dos produtos, expandir exportações e internacionalizar a companhia.
Foi nesta mesma época que ocorreu a inauguração da planta da Argentina, em Jesús Maria, na província de Córdoba. Com a perda de competitividade industrial no país, a fábrica ficou parada durante uma década, realizando apenas trabalhos de usinagem de componentes. Agora, terá sua produção retomada. A unidade passará a produzir os modelos série 229, NGD 9.3 e MaxxForce 4.8/7.2 para abastecimento do mercado local, entre eles a Agrale, de Buenos Aires, e a fabricante local de tratores Pauny, que estão entre os primeiros a serem atendidos. Inicialmente, a fábrica terá capacidade para produzir 5 mil motores.
As atividades no Brasil devem continuar fortes, de acordo com o executivo. “Historicamente, desenvolvemos tecnologias no Brasil e as exportamos para os demais países, inclusive para a sede da Navistar [grupo norte-americano do qual a MWM faz parte], nos Estados Unidos.”