Empresa diversificou a atuação para se tornar mais sustentável no Brasil
O começo das operações da empresa no Brasil foi desafiador. O mercado de construção civil, que anteriormente estava em franco crescimento, levou o Grupo Manitou a investir em uma nova fábrica na região. Porém, pouco tempo depois, por questões políticas e financeiras, o mercado caiu vertiginosamente, afetando a todos.
“Quando eu cheguei à Manitou, em 2015, o cenário estava bastante desfavorável. Tínhamos uma marca pouco conhecida, uma rede de distribuidores fraca e pouco focada, e uma fábrica iniciando em volume crescente. Tudo isso em um contexto de estagnação do mercado”, lembra Marcelo Bracco, diretor geral da Manitou para a América Latina.
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Para driblar as dificuldades e ajudar o Grupo Manitou a se estabilizar localmente, Marcelo precisou usar de muita criatividade e persistência de trabalho para abrir novas frentes de atuação.
O primeiro passo foi dar vazão à produção da fábrica e passar a exportar ao Mercosul. Depois, começou a desenvolver novos mercados, como o Agronegócio e a Mineração, investindo em parceiros específicos nestes importantes setores.
Na sequência, fortaleceu a atuação da Manitou no segmento de Plataformas Aéreas, sua especialidade, como também iniciou um trabalho de forte parceria junto a grandes clientes, frotistas de máquinas, muito representativos e conhecidos em todo o Brasil. “Essas ações sustentaram os resultados e a permanência do Grupo Manitou no Brasil de 2015 a 2018”, afirma Bracco.
Em 2019, depois de o Grupo comprar uma fábrica na Índia, Bracco incorporou ao portfólio da Manitou no Brasil as retroescavadeiras e minicarregadeiras, aumentando assim sua linha de produtos locais.
Com essas introduções, foi necessário reestruturar a rede de distribuidores, para que não houvesse conflito de interesse com outras marcas, possibilitando o aumento das vendas e um maior conhecimento da marca em todo o país.
Hoje, após oito anos de intenso trabalho de desenvolvimento de mercado, a Manitou é uma marca reconhecida nos segmentos em que atua.
“A expectativa para os próximos anos é continuar crescendo, com fortalecimento do portfólio atual, estruturação do pós-vendas, e desenvolver ainda mais nossa rede de distribuidores”, comenta Bracco. “Passamos por uma mudança de status dentro do Grupo Manitou, onde deixamos de ser uma fábrica com operação complexa, baixos resultados e sem notoriedade de marca, para sermos uma subsidiária de alta performance para o Grupo Manitou. Eu não poderia estar mais satisfeito”, comemora Bracco.
Quando o assunto é ter novamente uma fábrica no Brasil, Bracco não fecha as portas e lembra que o Grupo Manitou possui o DNA de fabricante e poderá retornar a qualquer momento com uma estrutura local, quando o momento for adequado para isso. “Se viermos a abrir novamente uma fábrica no Brasil, tudo será diferente, pois agora temos musculatura grande para sustentá-la muito bem”.
De olho no futuro, ele já está mapeando novas áreas de atuação e pretende desenvolver o mercado de manipuladores rotativos e de empilhadeiras no mercado industrial. “Em breve, traremos novidades ao mercado brasileiro”, finaliza Bracco.
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